quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

É Natal!! E o que fizemos para presentearmos a vida?

É Natal!
Estamos quase no fim do ano.
E quase tudo que podemos desejar, já desejamos.

Ando num desanimo imundo.

E de repente lembro dos amigos e das pessoas todas que conheci durante o ano.
E parece que logo todos nos os esquecemos - uns dos outros -
Daí me indago: Mas como esquecer?
O telefone mudo; e o silêncio persistente.
Mando torpedo para as pessoas. E alguns me respondem.... me assusto
Como tudo muda tão rápido...
Acho que perdi a rota que estava trilhando.

Sinto falta dos meus amigos
Onde estão?
Noticias de todos quero saber!
Como se cada um tem algo mais pra contar.
E eu quero gritar em voz alta : Uhhhh!!
Pois agora a única estória que tenho são aquelas que já aconteceram.
Quero urgente novas.
Para onde possamos viver novas alegrias tais quais a que vivemos neste ano que se esvai....

Celebremos a vida e o verão para renovarmos nossas energias.
O maior presente que nos demos a nós e aos outros é o braço amigo, a mão estendida, o peito aberto, o sorriso e gargalhadas fartas, dias de sol e dias de chuva com esperanças e alegrias ao outro - nos doando por metade ou por inteiro ao que nos faz completos; estes são os verdadeiros presentes que damos a vida.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Chuvas de verão e expansão urbana

Politica ambiental para os dias de chuva.
Prática ambiental para os dias de sol, chuva, nublado, frio ou quente.
Ações ambientais para o melhor uso do solo urbano.
Mas oque de fato temos?
Quase nada. Ações isoladas e políticas para evitar jogar lixo no chão e nos rios...
E mais nada...

Sempre chove muito um pouco antes do verão e chove sempre muito durante o verão.
Aqui no Rio de Janeiro, talvez janeiro chova menos que fevereiro e março, mas no verão não tem como fugir das características da estação. Fato que no inverno chove mas não tão intensamente que no verão.
Aqui no RJ as chuvas sempre são sinônimo de problemas e tristeza para os cariocas... que ficam contando com os dias de sol para ir a praia.
Verão as praias ficam cheias; o calor chega aos 43°c, as ruas ficam repleta de gente suando.

Quando a chuva de verão chega ao mesmo tempo que refresca traz alerta ao barraco, ao motorista e ao trabalhador.... logo a cidade vai parar....

Quem acha que isso é algo recente se engana. O problema é antigo, quase desde do tempo do império de D.João, que a cidade quase fica submersa....
Fato que arrasar morros melhorou um pouco a circulação dentro dos limites da área do centro urbano, aterrar lagoas e pântanos também permitiu sua ampliação, contudo em pouco contribuiu para o escoamento das águas das chuvas. Para completar retificamos rios e também canalizamos uns tantos outros que quando chove também buscam suas margens originais e transbordam até onde eram sua margem de transbordamento que muito ja esta urbanizada com ocupada por residencias onde deveria ser área de preservação do rio.

Aterrar é mais fácil.
Retificar é mais fácil.
Expandir onde não há gente é mais fácil.
Não planejar a cidade é mais fácil.
Especular o solo urbano é mais fácil.
Do que pensar e agir de forma ambiental, onde a cidade seria um sistema orgânico melhor para todos.
Ocupar encostas com regularização e estrutura urbana de fato.
Preservar nascentes e margens dos rios.
Melhor o sistema de drenagem da chuva e de esgoto.
Mas como isso tem sido difícil, não reclame da chuva e nem da enchente, pense onde vc mora e pense como morar de forma integrada com o meio ambiental é algo a ser requerido e não apenas sonegado.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Vende-se

Vende-se.
Para vender antes se teve que comprar ou adquirir.
Apesar de que no mercado de ações vende-se a descoberto - isso quer dizer vender ações que ainda não se têm.
Vende-se.
São as placas que encontramos hoje aos montes pelas ruas, pelas janelas das casas e apartamentos.
Vende-se.
Não são sonhos ou conquistas e muito menos esperanças. Vende-se imoveis e moradias.
De repente e não mais que de repente o boom imobiliário grita: Vende-se!
Há de pensar-se que alguns anos atrás os imoveis estavam mais acessíveis a classe média, tanto alta como baixa, para aqueles que tinham dinheiro para investir. Hoje o mercado imobiliário está na crista da onda no valor máximo dos imóveis, de uma forma que a muito tempo não se via tantos imóveis sendo vendidos, ofertados e construídos pela cidade.
Ora vamos! A cidade precisa crescer, expandir-se para os lados, para cima e para onde antes a especulação imobiliária exitava pensar em entrar.
 Hoje surgem novos empreendimentos em Santa Cruz e Campo Grande, que até 10 anos atrás eram tidos como algo pouco provável, assim como outras áreas tida como distantes e esquecidas pelo governo - tem recebido empreendimentos imobiliários grandes, com condomínios com tudo que se tem direito: piscina, academia, portaria, salão de jogos. 
Outro exemplo está próximo ao Norte shopping, que há 30 anos atrás era apenas uma área entre Del Castilho, Engenho de Dentro, Todos os Santos e Maria da Graça, uma região que detinha empresas e indústrias, que por conta da politica econômica do município fez que muitas fechassem as portas ou fossem embora; com a construção de um shopping  na região dinamizou a vida social nestes bairros, porém só nos últimos 10 anos é que a especulação imobiliária investiu em novos empreendimentos nesta região, que cresceu mais de 30% do que era durante todos os anos 90.
Logo, os novos empreendimentos, cujo já possui moradores logo apresentaram placas: vende-se.

O boom imobiliário tem prazo para acabar, talvez no fim da copa de 2014, outros dizem que durante as olimpíadas de 2016, mas é certo que os preços dos imóveis já chegaram ao seu limite de valor de venda, tanto para os ricos quanto para os especuladores imobiliários, para que o mercado continue funcionando ele tende a se estabilizar e um algum tempo o preço voltar a cair.
Para que coisa fica um pouco mais compreensível um apartamento simples (2 quartos, sala, cozinha, banheiro) na Zona Norte em 2004 custava em média 70 mil reais, hoje o mesmo imóvel tem chegado a custar 180 mil reais em média, dependendo da localização e a metragem do imóvel e ainda a infra-estrutura do condomínio....
Em nenhum tempo se valorizou tanto morar em condomínio de apartamentos onde as relações sociais ficam privadas aos encontros de corredor e as áreas de lazer dentro do condomínio; onde a vida em sociedade se resume muito a vida familiar e encontro mais que ocasionais e cada vez mais o individualismo impera e imprime característica num tempo no mundo. 
Então tão logo que o condomínio não nos atende mais logo mudamos. Logo queremos construir imóveis logo prédios em condomínios com tudo que  pode haver de facilidades, logo quando isso continua num ciclo de interesse economico e de interesse sociais do individualismo de consumo - sejamos felizes.
Vende-se 
Felicidade 
Vende-se 
Um novo conceito de morar e viver na cidade.
E em breve com o fim do boom 
Vende-se deseperadamente.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Copacabana -Sacopenapã e suas histórias - primeira parte

"Copacabana, princesinha do mar 
Pelas manhãs tu és a vida a cantar
E à tardinha o sol poente
Deixa sempre uma saudade na gente."

                    Para não dizer que me esqueci de falar de Copacabana, a letra da canção te convida a lembrar da praia, do bairro, da vista e também da história.
Estar em Copa, não importa o dia ou a hora, tem sempre história e estórias para contar e encantar quem vive, frequenta ou passa. Difícil ser indiferente ao seu mar e a sua gente.
Copacabana nasce já com o privilegio de estar entre o mar e a montanha. (Aí você se pergunta que montanha que eu não vejo?) Te conto que atras daqueles imensos edifícios existem algumas montanhas lindas, algumas com comunidades outras preservadas, que serviram por longos anos como barreira de entrave de ocupação efetiva urbana antes dos anos de 1890.
Mesmo com vias sobre os morros, como a Ladeira do Leme e a Estrada do Barroso, e ainda pelo acesso da  Lagoa de Sacopenapã (Lagoa Rodrigo de Freitas) passando por onde é o corte do Morro do Cantagalo.
Foi somente com a abertura do Túnel Velho - túnel Alaor Prata - em 1892, pela Companhia Jardim Botânico carril - de Otto Simon e Paula Freitas -  que o bairro assim começava a surgir entre um empreendimento urbano e um projeto de cidade salubre diferente de toda a cidade que ficava atrás dos morros. O túnel em sua inauguração teve até a presença do presidente da Republica o sr. Floriano Peixoto. 
Os bondes que começaram a circular através do túnel, começam a trazer gente de vários lugares para se banhar nas águas salitricas e dos ares "medicinais". O bonde conduz neste tempo os corações e mentes daqueles que querem chegar em Copacabana, ainda com sua Igrejinha fincada num rochedo, onde se encontra hoje o Forte de Copacabana. As linhas de bonde em Copacabana se dividia em dois trajetos o que ia da Praça Seazerdelo Correia até Igrejinha e a outra ia até o Leme. Copacabana começa a ser descoberta e descobri o processo de urbanização e ocupação... ainda meio lento neste momento.
No período que compreende da abertura do túnel Velho até a inauguração do Copacabana Palace em 1923, o bairro ainda crescia devagar. Mas é nesta fase do surgimento do bairro que algumas coisas mais importante aconteceram. Uma dessas coisas é a abertura do túnel Novo - túnel Eng. Coelho Cintra ( que foi o engenheiro que projetou e abriu o túnel Velho), que permitiu melhor acesso ao bairro, como uma nova via ultrapassando o morro de São João, próximo a ladeira do Leme; a via foi inaugurada em 1906. Nesta mesma frente inicia-se abertura e construção da Av. Atlântica, que vai ser marca registrada do bairro. Com o intuito de melhorar a circulação do bairro a Av. N.S. de Copacabana também começa ter a ser ampliada. Para que essas duas vias se torna-se o plano de acessibilidade do bairro na época, começaram a demolição do morro do Inhánga (mas que morro é esse???) Esse morro era o marco físico oficial que dividia o bairro do Leme de Copacabana.... Com o fim do morro (ainda resta um cucuruto lá, basta procurar lá perto da praça Cardeal Arcoverde) Copacabana ganha novas extensões e também novos empreendimentos urbanos.
De certo que só com o final da construção e inauguração do hotel mais charmoso do Brasil e que Copacabana começa ganhar o seu glamour, com suas calçadas em pedras portuguesas inspiradas em calçadas de Portugal, já com ondas perpendiculares ao mar.
A foto ilustra o tempo, já com o hotel erguido e ainda o morro do Inhánga ao fundo mostrando como o homem dobra e desdobra parte da natureza ao seu jeito.
E é assim que Copacabana irá começar a surgir para mundo. O Copacabana Palace, surge para servir de hospedagem para grande Exposição do Centenário em 1922, mas ele só fica pronto um ano depois quase no final das comemorações. Mas se isso soou ruim, não se engane; ele também tinha um belo teatro e um excelente cassino na época que servia para manter o luxo e sua ostentação. E mesmo com o fim dos cassinos no Brasil (em 1946), o hotel consegui manter seu glamour, mas daí graças a outras convenções dos anos 40 e 50 - a nova boemia carioca e a Nova Copacabana.
 tem continuação ... 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ciência - Arte - Ciência

Para defender as Ciências,
Vós digo logo,
Que sem Ciência muito de hoje não existiria.

Se o Artista é o Cientista da alma,
Ao Cientista é o Artista da Vida.

Ao Cientista fica as perguntas e as respostas
Aos Cientistas ficam dúvidas e soluções.
Fazem arte, burilando questões
Física, Químicas e Matemáticas.
Oras Humanas, Biomédicas e técnicas.

Senhores,
Os Cientistas são essênciais.
Sem eles as artes não vingariam,
E tão pouco seriam tão ensejadas no nosso cotidiano.

Os Cientistas fazem Arte.
Fazem a arte de descobri os átomos, os mícrons, a anti-matéria...
Os Cientistas redescobrem o mundo,
com métodos;
Com novos olhos.

O Cientista  é o Artista,
que lápida,
esculpe,
talha e
desgasta,
Os porquês da existência humana.

Sua razão, não está no instante;
Está na continuidade constante de se perguntar:  por que?
Sua razão está no que se produz continuamente como as mares...ondas constantes...

O Cientista é o artista da vida,
Construindo de bases para criar o novo
Criando Luz com lâmpada
Criando Comunicação com telefone...
Criando Andar com meios transporte...
Criando a redução do tempo e espaço com internet ...

E se ainda acreditar que isso não é Artes, Senhores;
Vós afirmo, isso é Arte genuína,
da transformação da Vida humana no espaço.

O Cientista é o Artista da Vida,
Recriando o modo de viver,
Questionando a vida e o mundo,
Reescrevendo idéias e conceitos
Produzindo entidades diversas para melhor, quem sabe, compreender o todo e a si mesmo.

Não se faz Ciência sem Arte e nem Arte sem Ciência,
Ao Cientista ao conhecimento da vida e ao Artista o conhecimento da alma.


sábado, 9 de novembro de 2013

Para viver um Grande Amor - Vinicius e Toquinho


Poesia de Vinicius de Moraes e melodia de Toquinho.
Só o refrão é cantado. 
O corpo da poesia é falado

Eu não ando só                     
Só ando em boa companhia
Com meu violão                   
Minha canção e a poesia     

Para viver um grande amor, preciso
É muita concentração e muito siso
Muita seriedade e pouco riso
Para viver um grande amor
Para viver um grande amor, mistério
É ser um homem de uma só mulher
Pois ser de muitas - poxa! - é pra quem quer
Nem tem nenhum valor
Para viver um grande amor, primeiro
É preciso sagrar-se cavalheiro
E ser de sua dama por inteiro
Seja lá como for
Há que fazer do corpo uma morada
Onde clausure-se a mulher amada
E postar-se de fora com uma espada
Para viver um grande amor

Eu não ando só,                    
Só ando em boa companhia
Com meu violão                   
Minha canção e a poesia     

Para viver um grande amor direito
Não basta apenas ser um bom sujeito
É preciso também ter muito peito
Peito de remador
É sempre necessário ter em vista
Um crédito de rosas no florista
Muito mais, muito mais que na modista!
Para viver um grande amor
Conta ponto saber fazer coisinhas
Ovos mexidos, camarões, sopinhas
Molhos, filés com fritas, comidinhas
Para depois do amor
E o que há de melhor que ir pra cozinha
E preparar com amor uma galinha
Com uma rica e gostosa farofinha
Para o seu grande amor?

Eu não ando só                     
Só ando em boa companhia
Com meu violão                   
Minha canção e a poesia     

Para viver um grande amor, é muito
Muito importante viver sempre junto
E até ser, se possível, um só defunto
Pra não morrer de dor
É preciso um cuidado permanente
Não só com o corpo, mas também com a mente
Pois qualquer "baixo" seu a amada sente
E esfria um pouco o amor
Há que ser bem cortês sem cortesia
Doce e conciliador sem covardia
Saber ganhar dinheiro com poesia
Não ser um ganhador
Mas tudo isso não adianta nada
Se nesta selva escura e desvairada
Não se souber achar a grande amada
Para viver um grande amor!

Eu não ando só                     
Só ando em boa companhia
Com meu violão                    
Minha canção e a poesia      

domingo, 13 de outubro de 2013

Arte - Ciência - Arte

O artista
Já sabe que é um cientista.
Um cientista da alma.
O artista estuda o não-humano, o não visível, o momento transcendente de si.

O artista, seja ele de que arte for.
Ele é mais cientista que o cientista que tenta descartar a arte.
Um observador do que não se pode tocar
Transformador de espíritos.

O artista
Senhores,
é o melhor conhecedor do alma alheia
Ele encontra a alma das rochas, das madeiras, dos metais....

Quem diz que arte não é ciência se engana
Se iludi em acreditar que a ciência lhe responde tudo.
A arte do artista é ciência feita dia-a-dia
com prazer da intenção.

A arte é ciência da alma,
do espirito,
do momento,
do tempo,
do som
do silêncio da mente. Vai onde não se pode pegar.
Transforma em objeto palpável ou observável o não humano.

O artista é artífice de si mesmo
O artista é criador de sua ciência
E  é domador do seu circo de vida.

As artes os símbolos
As ciências as entidades
Aos homens as palavras
A alma a transmutação

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Pesquisas alheias

Acho que devo ser uma alma caridosa....
Mas não penso isso de fato.
De fato que me incomoda é como as pessoas tem preguiça de pensar, preguiça de pesquisar e preguiça de estudar o que for ....
De fato essa preguiça já me renderizou, porém não concordo com isso.
Queria mesmo era ganhar para fazer pesquisas de verdade ... caramba...
Com os meus estudos atuais, o que mais tenho encontrado é gente desconecta do que se pretende fazer.
PESQUISAR faz parte do trabalho. Não tem como apresentar um lugar ou falar sobre algo sem conhecimento algum sobre.
Ler, estudar, pesquisar, inteirar-se do assunto é algo fundamental.
Nem sempre dominamos a fundo.
Tem gente que briga comigo - briga mesmo por pesquisar e estudar demais.... mas acho que é o que mais gosto de fazer de fato.
Estudar talvez nem tanto, até porque o fato de conhecer e descobri algo muitas vezes me basta....
Mas pesquisar é como encontrar um novo livro de contos infantis que ainda não leu...

Será que o pesquisador profissional passa por isso? Acho que não. O fato dele se engajar num determinado estudo o limita, o cerca e o defini por área de conhecimento e tudo que está fora disso não o interessa ou lhe comove; são práticos, pragmáticos e solúveis então o que tem é o extremamente essencial.

Pesquisar coisas alheias ou coisas sem ser do seu domínio então é algo sem mérito(?).Talvez não, mas tem que ter função e necessidade.  Cabe cada um saber pesquisar o que quer e aprender a pesquisar como delimitação. #prontofalei!

domingo, 22 de setembro de 2013

A Lua - MPB4

Tem canções que embalam corações e mentes. Esta embala o coração e os enamorados pela lua, nosso satélite natural. Mesmo que só vemos um lado da lua, ninguém dúvida da outra face. Os astronautas já chegaram lá em 1968, mas há quem diga que foi tudo mentira.
Mas casos e histórias aparte, vamos a música!

A Lua

A lua
Quando ela roda
é Nova
Crescente ou meia-lua
É Cheia

E quando ela roda
Minguante e meia
Depois é lua novamente
(bis)

Quando ela roda
é Nova
Crescente ou meia-lua
É Cheia

E quando ela roda
minguante e meia
Depois é lua novamente
Quem diz que a lua é velha
Mente quem diz que é lua velha
Mente quem diz.



quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Meninos - Juraildes da Cruz - versão do Xangai

Acho que vocês já sabem que gosto de música regional brasileira.
Curto muito o Xangai cantando essa canção linda. Uma cantiga de criança ... Cantiga de ninar, de sonhar...

Meninos
Vou pro campo    
No campo tem flores
As flores tem mel
Mas a noitinha estrelas no céu, no céu, no céu

O céu, da boca da onça é escuro
Não cometa, não cometa
Não cometa furos
Pimenta malagueta não é pimentão, tão, tão, tão

Vou pro campo 
Acampar no mato
No mato tem pato, gato, carrapato
Canto de cachoeira
Dentro dágua
Pedrinhas redondas
Quem não sabe nadar
Não caia nessa onda
Pois a cachoeira é funda
É afunda

Não sou tanajura
mas eu crio asas,
Com os vagalumes
eu quero voar, voar, voar
O céu estrelado hoje é minha casa
Fica mais bonita 
quando tem luar, luar, luar
Quero acordar
com os passarinhos
Cantar uma canção
como o sabiá

Dizem que verrugas
são estrelas
Que a gente conta
Que a gente aponta
Antes de dormir, dormir, dormir

Eu tenho contato
Mas não tem nascido
Isso é estória de nariz comprido
Deixe de mentir, mentir, mentir..

Os sete anões pequeninos
Sete corações de meninos
e a alma leve, leve, leve
São folhas e flores ao vento
O sorriso e o sentimento
da Branca de Neve, neve, neve, neve...





quinta-feira, 18 de julho de 2013

"Passageiro de algum trem" Engenheiros do Hawaii

Sei que muitos não curtem esta banda gaúcha, mas eu curto bastante, talvez por ter letras bem politizadas e cheias de entrelinhas apaixonadas.. comum entre os fandangos que falam das revoltas e guerras gaúchas. Sem mais analogias baratas.
O  tempo é outro, mas continua sendo o mesmo tempo onde se busca respostas para as coisas no presente no passado e acreditamos que as coisas de agora sejam fruto de algo melhor no futuro. Tudo aqui é está certo. Mas os nosso sonhos realmente farão de fato a nossa realidade amanhã? Acreditamos em nós mesmos como se não olhássemos para escadas que subimos e todos os degraus que ficaram pra trás e quando olhamos temos a leve impressão que caímos para o primeiro degrau de nossa escadaria....

E fiquem com música.

A Revolta dos Dândis I
letra: Humberto Gessinger

Entre um rosto e um retrato
O real e o abstrato
Entre a loucura e a lucidez
Entre o uniforme e a nudez
Entre o fim do mundo e o fim do mês
Entre a verdade e o rock inglês
Entre os outros e vocês

Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão

Entre mortos e feridos
Entre gritos e gemidos
A mentira e a verdade
A solidão e a cidade
Entre um copo e outro da mesma bebida
Entre tantos corpos
Com a mesma ferida

Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão

Entre americanos e soviéticos
Gregos e troianos *
Entra ano e sai ano
Sempre os mesmos planos
Entre a minha boca e a tua
Há tanto tempo, há tantos planos
Mas eu nunca sei pra onde vamos

Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão

Eu me sinto um estrangeiro...

Na versão do Acústico MTV:
*"Entre a crença e os fiéis
       Entre os dedos e os anéis"

A Revolta de Dândis II

Já não vejo diferença entre os
dedos e os anéis
Já não vejo diferença entre a
crença e os fiéis

Tudo é igual quando se pensa em
como tudo deveria ser
Há tão pouca diferença e há tanta
coisa a fazer
Esquerda e direita, direitos e deveres,
os 3 patetas, os 3 poderes
Ascensão e queda, são os dois
lados da mesma moeda

Tudo é igual quando se pensa em
Como tudo poderia ser
Há tão pouca diferença
e tanta coisa a escolher

Nossos sonhos são os mesmos há muito tempo
Mas não há mais muito tempo pra sonhar
Nossos sonhos são os mesmos há muito tempo
Mas não há mais muito tempo pra sonhar

Pensei que houvesse um muro
entre o lado claro e o lado escuro
Pensei que houvesse diferença entre
gritos e sussurros
Mas foi engano, foi tudo em vão
Já não há mais diferença entre a raiva e a razão

Esquerda e direita, direitos e deveres,
os 3 porquinhos, os 3 poderes
Ascenção e queda, são os dois lados da mesma moeda
Tudo é igual quando se pensa em
como tudo poderia ser

Há tanto sonhos a sonhar
há tantas vidas a viver
nossos sonhos são os mesmos,a muito tempo
mas não há mas tanto tempo pra sonhar..

Nossos sonhos são os mesmos, mas muito tempo
mas não há mas tanto tempo pra sonhar..
Tempo pra sonhar
Nossos sonhos são os mesmos, há muito tempo
mas não há mais muito tempo pra sonhar..
Nossos sonhos são os mesmos, há muito tempo
mas não há mais muito tempo pra sonhar..

Entre o rosto e o retrato, o real e o abstrato
Entre a loucura e a lucidez
Entre o uniforme e a nudez
Entre os outros e vocês

terça-feira, 9 de julho de 2013

Roda da fortuna

Roda da fortuna é uma carta do tarot.                              
Tem como base simbólica a mudança.
Mudança que pode ser rápida ou demorada, mas virar como um sopro sem apontar a direção.
Tem gente que tem medo de mudar.
Tem gente que vive pedindo para os outros mudarem.
E tem gente que que vive mudando o tempo todo.
Nada disso afeta quem sabe lidar com o ente que tem algum desses hábitos, pois já sabe isso é comum dele.
Difícil é convencer o restante que cada um tem o seu tempo de mudança e ela parte mais de quem muda do quem pede, exige ou cobra ou mesmo as questões externas de ambiente.
Tem gente que diz eu não mudei nada. Já tem gente que diz que eu mudei.
Mudar é uma necessidade. Mudar. Mudamos hábitos e não essências, como a base de um perfume de lavanda sempre será lavanda mas suas notas inspiração mudam de acordo de quem usa o perfume.
A nossa base ela só muda quando algo muito grande dentro de você se rompe por completo.
Será que todos estão preparados para uma mudança assim?
Acho que cada golpe que a vida nos dá é uma enorme chance de mudarmos, trocarmos as lentes dos nossos óculos sem medo de errar.
E se errar?
Não se preocupe você ainda terá outras chances de mudar se assim o quiser.

Tem gente que acha que mudar de casa resolve.
Tem gente que muda de estado, município e país acreditando na mudança.
Tem gente que vive mudando o cabelo, o jeito de vestir e a forma de falar.
Tem gente que vive sempre do mesmo jeito mesmo não gostando de nada.

Experimentar a vida e acreditar que há beleza no novo, que mesmo sendo ruim ainda pode ser bom.
Tudo tem seu tempo. Admira-lo e apreender com ele é algo que só você pode responder a si mesmo.
Você já reparou quantas vezes mudou algum habito de vida qualquer? Ou quebrou rotinas?

Aprendi admirar o tempo através das coisas que gostava de fazer e das coisas que tive que deixar de fazer por várias razões. Acordar cedo domingo de manhã e apreciar o dia é algo que ainda sinto falta e tem perfume de colonia da minha infância. Viajar com regularidade para os mesmos lugares e apreciar as mudanças na paisagem pelo tempo. Ficar de flâneur pela cidade sem se preocupar com nada (isso ainda tento fazer quando o tempo permite). Ler e escrever antes de dormir....
Antigamente gostava tanto de brincar com as palavras e montar trovas e versos e ficava recitando os na minha mente hora ou outra eu acabava verbalizando como música... eu mesma me sentia surpresa... mas acho que isso era dom da infância e a velhice vai nos levando a beleza das manhãs e nos deixando com a beleza das tardinhas silenciosas e solitárias.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

As manifestações pelos R$0,20.

Passar como indiferente sobre o que está ocorrendo no Brasil agora é como ignorar um fato politico, histórico e social que nunca foi visto nesta magnitude.
Pacifico ou não, passeatas e movimentos sociais sempre são condenados pela maioria, estando os manifestantes certos ou errados.
Se fazer uma passeata para pedir a redução do preço da passagem uma ação social coletiva, ela também é uma ação política coletiva; mesmo que muitos digam que são apolíticos (isso não existe!).
Com partido ou sem partido, todo o movimento (manifestação) tem um corpo de liderança com cara e identidade ideológica, qualquer, que faça articular pessoas para alimentarem essa identidade.
O movimento da redução da passagem começou com o Movimento Passe Livre. Que tem como base uma ideologia anarquista e revindicadora para que todos tenha transporte público gratuito. Se isso de fato é algo bom ou ruim - é cada um que vai decidir consigo mesmo! O fato que é isso que o MPL persegue. 
Um movimento social pode ser partidário, apartidário, anarquista, socialista ou capitalista, ira depender das suas lideranças.
A galera que ta indo as ruas estão revindicando algo maior que a redução da passagem, mas um ensaio de uma mudança da postura politica, mas sem ter muito noção real disso. Entre gritos de ordem e hinos simbólicos pátria, pouco conseguem imaginar o que de fato pode ocorrer depois das manifestações estrondosas nas ruas. Uns dizem que lindo ver o povo caminhando "pacificamente" em nome de uma tal nova democracia. Enquanto isso no final das ações sempre ocorrem sessões de depredação de patrimônio público e brigas com a polícia com bombas e balas; que acaba fazendo que outras pessoas condenem os movimentos e temam suas ações como um ato de fanatismo.
Bem não conheço o certo e o errado dessa história ainda, mas sei que não passaremos impunes - seremos todos - convocados, manifestantes ou não - contadores dela a nossa forma.
Para fazer democracia que faça o povo falar, mas que o organize-se, que montem suas pautas e revindiquem  mesmo o que queremos de fato - ações politicas para todos e não para os governantes. Que de fato isso sirva para confrontar o nosso modelo de engenharia política e questionarmos sua mudança, sua reforma e sua melhor articulação. 
Não basta palavras de ordem precisamos também de ter metas para mostrar o que deve ser feito para termos uma nação que queremos, e não simplesmente aquela que exibimos aos nossos turistas. Façamos uma revolução de fato política, social e histórica tomando as ruas para que os políticos aprendam de fato a ser políticos para todos e não para um minoria seja ela qual for,  pois assim tenhamos práticas de leis onde todos se reconheçam dignos.
Eu quero reforma política já! Eu quero uma mudança na postura dos políticos, chega de partido único*! Chega deste monte de partido sem ideologia, sem meta, maria vai com as outras! Eu quero atitude politica de verdade onde podemos reconhecer quem pode e quem deve nos representar na câmara e senado e presidência.  O que falta para que isso aconteça?

Deixarei vocês responderem está pergunta.
* - partido único sim, pois a muito tempo estamos vivendo um tempo que partido é tudo de centro, tudo moderado ... Moderado? que dizer não toma partido nenhum e segue a cartilha do ministro da economia e opera ações do ministro da casa civil. Não evoca as bases de seus partido no qual usou para servir para se eleger, assim também fica facil ter mais tempo na tv - pagando muito dinheiro - para manter noticias mais do mesmo para um povo que quer ouvir saúde, educação, salário, obra e moradia. Os partidos dos extremos quase sumiram do mapa, mas também tem extrapolado nas suas armas de argumentação política sem fundamento também. Falo um pouco mais sobre isso aqui.

Enquanto isso na cidade maravilhosa hoje foi mais um dia de manifestação, quebra-quebra, pancadaria, gás e bala de borracha e de muita gente sem saber o porque disso tudo e também sem saber bem o porque está indo as manifestações.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Face de Narciso - Jorge Vercillo

O que é o amor?
Vai além da minha compreensão.
Para uns é chave
E pra outros foi prisão.

O que é o amor?
Será desapego ou possessão?
Altruísmo em nós
Ou apenas auto-adoração?
Face de Narciso por capricho se espelhou
Mas se ela me olha assim, é lindo,
Ali eu sei quem sou.

E o que é o amor?
É platônico ou será real?
Sonhos de mulher
Ou pecado original?

E o que é o amor?
Penso que só ele pode unir.
Tudo em suas mãos,
Toda a dualidade em si.
São tantas verdades convergindo ao seu redor.
Não existe a espada sem a lira,
O espinho sem a flor.

E o que é o amor?
Vai além da minha compreensão.
Para uns é chave
E pra outros foi prisão.

O que é o amor?
Vai além da imaginação.
Para uns é dor,
Para muitos, luz na escuridão.

Vizinhos e convivências sociais.

Há um mês sem postar nada, mais por falta de tempo do que de ideias.
Hoje vou postar tudo que eu puder.
Vou começar pela coisa engraçada.

Sabe a maioria das pessoas que moram nas cidades grandes tem vizinhos. Alguns bem legais e outros muito chatos.
Vizinho sempre tem assunto pra dar e vender quando não tem nada para fazer de fato.
Os meus vizinhos são pessoas normais, na sua maioria tranquilas e civilizadas, mas tem lá seus defeitos.
Nem adianta eu mudar de endereço que os tais defeitos perseguem os vizinhos. Tinha uma época que acreditava que era só no meu endereço, mas descobri que não tem endereço para vizinho ter defeito.
Os que convivo mais, são amantes de cachorros em apartamento. Fato que gosto de cachorro, mas não curto ser acordada por latido e nem lambida de cachorro, por mais fofinho e gostoso que isso seja, por isso não tenho bichinho nenhum no meu "apertamento". Ter animais em ap's não é algo muito legal, confina o animal, a área de circulação do bicho é pequena, meus vizinhos insistem que os animais podem fazer todas suas necessidades dentro da área do imóvel (que muitas vezes é área de circulação de ar do condomínio) o que faz que o odor das fezes dos animais entrem em outros imoveis  e ainda sou obrigada a compartilhar seus latidos. Bem, se fosse apenas um cão, talvez a coisa fosse leve, mas no meu caso o condomínio de 15 imoveis convive com 8 cães. Que viva o canil!
Vizinhos são legais. Quando abaixa o som alto de noite, ao nível que só ele ouça. Mas quando ele resolve compartilhar o seu gosto musical logo pela manhã cedo, antes mesmo de você pensar em acordar, ai já acorda de mal humor. De noite a coisa complica. E durante o dia a solução ou você conversar com o individuo ou parte pra briga e coloca seu som alto também em alguma música qualquer pra mostrar pra ele que vc também tem ouvido e tem gosto musical diferente. 
A convivência de vizinhança pode complicar quando o vizinho colado de parede resolve fazer obra sem te avisar. O barulho da obra e a sujeira se tornam algo ingrato e inoportuno se você receber visitas.
Outra coisa complicada é acender incensos muito perfumados ou defumadores.... Pode causar sentimento de desconforto e fazer ligar logo um ventilador pra espantar o cheiro.
Os problemas não param ai.
Falei em obra mas não falei de infiltração... Outra coisa complicada. Chama um, chama outro, conversa daqui, conversa dalí, até definir de quem é o problema molhado. Muitas vezes é de quem não está vendo o problema mas está sendo comunicado.
Vizinho pode sempre ser um cara legal quando não liga o ar condicionado, pois o mesmo pinga no seu parapeito e faz um barulho chato a noite toda. Ou quando resolve não ligar o ventilador de teto barulhento. Ou quando manda fazer a manutenção da máquina de lavar roupa. Olha isso é que é vizinho legal.
Mas o melhor vizinho é aquele que te deixa dormir em sua residencia, no horário de dormir regular, sem por música alta depois das 24h, não fica fazendo escândalos sexuais e nem escândalos de relacionamento; pois o primeiro é o prior - imagina um individuo que mantem o som alto até as 7 h da manhã do dia seguinte, mesmo sendo um domingo, têm gente que trabalha. O amante sexual permite que todos os seus vizinhos saibam que o casal gemedeira tá copulando (há necessidade disso?). E por fim os escandalosos que só brigam de madrugada, jogando coisas pela janela e gritando e ameaçando... até que alguém chama a polícia para apartar a doideira.
Sabe vizinho é bom, mas longe da nossa residência.
#prontofalei!

sábado, 18 de maio de 2013

Ausência de planejamento urbano para uma cidade de fato maravilhosa.

Antes que me ausente de mim mesma.
Preciso dizer que na ausência também estive presente em pensamento.
Pensando na ausência e quanta presença se faz o ser ausente.

Em dias nublados e chuvosos na Cidade Maravilha, muito se tem discutido sobre os aparatos urbanos, que estão sendo feitos, ora em nome dos grandes eventos mundiais que irão ocorrer e ora pela valorização de espaços urbanos "esquecidos". Há que preço isso têm sido feito?

Bom uma cidade grande sem um plano diretor  é uma cidade sem rumo; nenhum grande evento pode servir de plano diretor para cidade, ele tem que caber dentro do plano diretor e não o contrario.
A cidade do Rio tem uma enorme frota de carros, numa cidade onde deveria se andar mais a pé...
Melhorar o transporte coletivo e de massa também seria uma boa opção.
Mas enquanto isso discutem o Maracanã, a demolição de uma via de acesso a uma estação ferroviária (meio da massa) para privilegiar o aumento das vagas de estacionamento de carros, removendo áreas favelizadas com o mesmo proposito, com intuito de embelezar o entorno....
Enquanto isso do outro lado da cidade constroem mais ponte com arcos e estruturas suspensas HORROROSAS sem funcionabilidade a cidade, demolem viadutos e constroem enormes edifícios e ainda farão um pier em Y, onde estão os arquitetos que acham isso bonito e estão valorizando a cidade com essas cafonices ????

Que derrubem os armazéns do porto.
Que repensem a cidade.
Que promovam um projeto de plano diretor de fato pela sociedade e não por arquitetos e pseudos cientista da cidade  - quero uma reforma urbana  e não urbanística - ja to cansada dela desde da época do pereira passos.

Primeiro constroem, depois veem que fez errado, demolem para depois fazer novamente ... chega .
Chega de metro chines mal feito - os vagões são horriveis tem menos lugar para sentar, são estreitos por dentro, são lentos, batem nas estações ... qual é o problema de fazer um projeto bem feito é que dai se rouba menos?

Ainda não sei ... mas falta interesse.
Dizem por ai que a maioria da população tem pouca inteligência e por isso não busca mudar seus destinos .... Será que é falta de inteligência ou é falta de oportunidade para andarem sobre suas pernas ??? Ainda não sei ao certo - mas sei que com pouca ou muita inteligencia o jeitinho brasileiro tem levado a todos nos ao fracasso coletivo e por fim a pouco mobilidade social e politica - até porque fazer politica não é só coisa dos políticos - todos nós somos políticos pois discutimos os nossos interesses dentro dos nosso meios em busca ou do interesse individual ou comum de grupo social (FAMÍLIA)... mas também acho que essa instituição social anda em vias de extinção então o lema geral é: a farinha é pouca, meu angu primeiro. Então pensar numa cidade esta cada vez mais dificil, pois esta virando um campo de batalha dos egos individuais .. do carro, da garagem, da sala comercial, da loja do shopping, do ar condicionado, da sombra, da especulação imobiliaria, do acesso aos meios - escola e hospital - ( quanto mais barato é o serviço de demanda social pior ele fica para todos, tanto quem pode pagar manda seus filhos as escolas religiosas e pagam generosos planos de saúde ou consultas com médicos), de acesso a praia e ao lazer. 
Vivemos uma miséria, muito maior que a falta de dinheiro e de carácter, é a de educação básica simples, a falta de conhecimento e falta de "inteligência" para buscar meios de melhorar ... ou por descaso do Estado ou por descaso social.

sábado, 4 de maio de 2013

Nó em laço de fita

Há um mês sem escrever nada.
Um nó grande na garganta.
Uma faca afiada no pescoço.
Um tempo em destempério.                                        
Um caminho que não chega.
Uma lua cheia que não enche o mar.

Uma raiva trancada no peito é morte tão certa quanto a angustia tenho quando silêncio se torna insistente.
Cair doente, pode ter certeza, que a maior dor não é a física é aquela que olhos não vêem, mas o coração comprimi.

Vai de mansinho se libertando das dores, das raivas... A angustia ainda fica.
As palavras podem ser salvadoras ou simplesmente a derrocada final, te impondo um abismo sem fim.

Mas só tem um jeito de sair do buraco que teimam em colocar sacudir a terra que cai de cima e pô-la sob seus pés, servindo de instrumento pra subir.

Preciso de PACIÊNCIA e Tolerância, mas quem sabe um pouco mais de quietude e relaxamento diante de uma mente inquieta.

Se divido aqui meu nó é porque já existe um laço estreito para compartilhar. E se isso se torna agressivo é porque só há a fita.

Virou Areia - Lenine

Compositores: Lenine/ Bráulio Tavares

Cadê a esfinge de pedra que ficava ali 
Virou areia, virou areia 
Cadê a floresta que o mar já avistou dali 
Virou areia, virou areia 
Cadê a mulher que esperava o pescador 
Virou areia 
Cadê o castelo onde um dia já dormiu um rei 
Virou areia, virou areia 
E o livro que o dedo de Deus deixou escrita a lei 
Virou areia, virou areia 
Cadê o sudário do salvador 
Virou areia 

Areia, a lua batendo no chão do terreiro 
Areia, o barro batido subindo no ar 
Areia, o menino sentado na beira da praia 
Areia, fazendo com a mão castelo no mar 
E a onda que se ergueu e que passou 
Virou areia 
Nasceu no mar e na terra se acabou 
Virou areia 

Cadê a voz que encantava multidão, cadê ?
Virou areia, virou areia 
Cadê o passado o presente a paixão ?
Virou areia, virou areia 
Cadê a muralha do imperador ?
Virou areia

quarta-feira, 27 de março de 2013

PARA QUÊ?

Para que professor?
Para que engenheiro?
Para que profissionais capacitados?
Para que estudar?
Para que apreender?
Para que escola?
Para que universidade?
Para que lei?
Para que burocracia?
Para que políticos?
Para que sociedade?
Para que filhos?
Para que família?
Para que casa?
Para que cidades?
Para que sinais de transito?
Para que fábricas?
Para que trabalho?

O que te satisfaz é a preguiça, a violência, a indiferença, a inexatidão, é o mais do mesmo, é a corrupção, é a amoralidade, é o sangue correndo no chão. De pronto que te respondo o que te satisfaz é a GUERRA Civil não coroada, onde sua vida vale menos que a pistola que se tem na mão, sua vida vale menos que o crack que você fuma e vale menos ainda que a fumaça que sai do carburador de qualquer carro velho que passeia a cidade.
O seu consumo  que te consome.
O teu desprezo social, o prezo pelo individualismo e pela seu núcleo social vital te faz apenas mais um diante de uma imensidão sem valor algum.

Li e vi o relato de que uma diretora foi agredida por um aluno com soco no rosto e o mesmo disse que também foi agredido pela mesma.... Onde a violência gera mais violência. Onde o ensinar não ensina. O educar não educa e a Morte é apenas uma questão de tempo. A escola já morreu. Que mandem embora todas as crianças. Que dê-em aos pais dos infantis empregos de operários e que coloquem logo os infantes também no batente - na linha de frente - na linha dos quem não tem acesso a educação ou por nega-la ou por sentir oprimido por ela... 

Arranque todas as casas e famílias e coloquem elas num espaço coletivo e verá o maior circo possível; o circo da sobrevivência.

Estamos todos fadados a Guerra. Ou por bem ou por mal.

Enquanto a GUERRA não ocorre continuamos a comprar pão e circo. Os jovens miseráveis, em sua maioria, por sonho ou ilusão preferem ser GLADIADORES do grande circo - sendo jogadores de futebol - esqueceram de avisa-los que a bola é a Fera maldita que ira sempre dizer se ele continuara vivo ou morto. E quando a morte estiver eminente perceberá que se tornou escravo - mesmo que consiga enriquecer - será escravo da bola.... 

Enquanto o circo floresce, o pão se necessita - alimente os com cerveja e os mata embriagados.
Nada de fato os alimenta, se não o sangue que corre lento e frio sobre asfalto quente. A vida virou motivo de chacota e a morte virou obra de arte e manchete primordial.
Come bebe e respira o que ante nos consternava, agora sorrimos e cantamos de alegria estupida e invertida.
Viramos nada. 
E qual será a nova razão para viver, além do prazer da dor alheia???

Que a guerra se faça
Todos morreram na sua própria desgraça.

Ame ao próximo como a ti mesmo, então viva de cabeça erguida, olhando pra frente e erguendo seu peito em flor.

Para quê assim algumas coisas possam voltar a ter razão.

terça-feira, 12 de março de 2013

Foguete - música

Compositores: Roque Ferreira e J. Velloso    

Tantas vezes eu soltei foguete
Imaginando que você já vinha
Ficava cá no meu canto calada
Ouvindo a barulheira
Que a saudade tinha
É como diz João Cabral de Mello Neto
Um galo sozinho não tece uma manhã
Senti na pele a mão do teu afeto
Quando escutei o canto de acauã
A brisa veio feito cana mole
Doce, me roubou um beijo
Flor de querer bem
Tanta lembrança este carinho trouxe
Um beijo vale pelo que contei

Tantas vezes eu soltei foguete
Imaginando que você já vinha
Ficava cá no meu canto calada
Ouvindo a barulheira
Que a saudade tinha
Tirei a renda da naftalina
Forrei cama, cobri mesa
E fiz uma cortina
Varri a casa com vassoura fina
Armei a rede na varanda
Enfeitada com bonina
Você chegou no amiudar do dia
Eu nunca mais senti tanta alegria
Se eu soubesse soltava foguete
Acendia uma fogueira
E enchia o céu de balão
Nosso amor é tão bonito, tão sincero
Feito festa de São João

segunda-feira, 4 de março de 2013

Rio de Janeiro. 448 anos. parabéns atrasado.

A cidade ficou mais velha.
Contudo continua com os mesmos velhos problemas.
Começou seu aniversário com uma greve de ônibus, sob o discurso de que os motoristas merecem aumento junto com o aumento da passagem de ônibus e ainda colocam na "roda" a questão da dupla função motorista/trocador.. só pra enganar ou iludir a população... De fato só os empresários irão ganhar - diga Jacob Barata.
Se ônibus não te causa espanto. Então tá bom
A cidade também ganhou mais um museu.
E antes que você fale mal do museu - lugar de velharia - digo que não este é de coisa novas também. Mas falo mal dele também.
Chega de museus e centro culturais só no centro e zona sul da cidade. Será que a zona Norte e zona Oeste não fazem parte da mesma?????
Tenho tristeza de pensar nisso... mas estamos entulhando a cidade de centro culturais .... por melhor que isso pode parecer eu ainda acho que quando concentramos algo demais em algum lugar sem instrumentação profissional que de conta de tudo ... a coisa acaba caindo no mais do mesmo....
Por melhor que o museu seja ... será que é isso que precisamos?
Falo mal, mas amo centros culturais de uma forma geral mas ainda acho que esse tipo de serviço tinha que estar melhor planejado pela cidade, e forma que mais pessoas pudessem ser atendidas... desconcentrar para  melhor atender o coletivo.

Se isso não bastasse. Ainda teremos greve de professores.
Bom... a cidade não para.
448 anos vivendo aos trancos e barrancos, ainda permitem e que assim seja por muito tempo, que a rua sete de setembro e a do Ouvidor continuem charmosas e cheias de história do tempo áureo carioca, com resquício ainda da rua Direita.
Outro dia ouvi : a cidade do Rio de Janeiro é um museu arquitetônico a céu aberto.
Sim a cidade é um museu a céu aberto, basta andar pelas ruas do centro que verás prédios de todas as épocas tudo junto e misturado, basta olhar com cuidado e ver que tem lugares que mantem as velhas fachadas e outro modernosos... A quem ache isso o ó e que tudo deveria se modernizar. Será?
Outras rugosidades seriam os moradores de rua...
Compreender que uns moram por falta de moradia, outros pelas drogas, outros para ganhar a vida pois sua residencia é muito longe ... Será que de fato um dia diminuiremos esse problema?

Queremos mais longos anos para esta cidade, mas também queremos que os seus citadino façam por onde esta cidade melhore para todos e não só para uns gatos pingados isolados.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Mal de Alzheimer - o mal do seculo é a solidão.

O mal do seculo é a solidão 
Cada um de nós imersos em nossa própria arrogância
Esperando um pouco de afeição.
Esperando por mim -  Legião Urbana

Estou a tempos para escrever sobre este assunto.
Sabe tem assuntos que são delicados e que por varias questões tentamos afasta-los de nossos corações e mentes.
Então aos 15 anos eu vim morar com a minha avó paterna, junto com a minha mãe. Isso para mim já era complicado pois tinha perdido meu pai e também o meu referencial de casa até aquele momento.
Isso era uma catarse diária na minha mente, de ter que viver num espaço que não era o meu, mas do outro lado tinha a convivência com a minha avó, que poderia ser algo revelador, novo e cheio de aprendizado.
Não sei se foi isso que aconteceu, mas logo descobri que conviver com a minha avó não seria a tarefa mais fácil e prazerosa como sonhava e muito menos rápida, pois a intenção de minha mãe e minha era de termos nosso canto e deixar a minha avó continuar morando sozinha em seu ap.
Fato que tinhamos ideia que ela já estava muito esquecida das coisas e repetia varias vezes as mesmas perguntas: que dia é hoje? Hoje é domingo? Tem pão em casa? Tem pouco pão?
Acho que no inicio estava mais preocupada em entender como seria a minha vida sem meu pai naquele momento do que entender as repetições de minha avó. Entender que ela já estava muito doente, já tinha perdido muito de si, mas não tínhamos ideia da gravidade.
Foi o tempo de seis meses, para perceber que a ideia de ir morar em outro lugar foi se diluindo no espaço tempo, pois as necessidade de assistência da minha avó iam se tornando maiores para mim e minha mãe.
Foi só em 1997 que de fato tivemos plena certeza que a minha avó tinha o mal de Alzheimer, pois até ali tínhamos apenas a certeza que ela estava doente, com um grau de perda de memoria elevada, com baixo reconhecimento das pessoas e por muitas vezes querendo ir para a casa dela, pois está já não o era.
Sim, muitas vezes pensei somos culpadas por ela estar assim. Mas ao mesmo tempo pensava e se ela estivesse sozinha como estaria? Seria melhor para ela a solidão e falta de percepção da doença?
É fato que é difícil admitir que alguém que amamos deixe de existir ou por morte ou por esquecimento.
Aprendi cedo a lidar com a morte. Para mim era como ver a minha avó morrer lentamente perdendo sua identidade, esquecendo o meu nome, o nome de minha mãe, o nome dos amigos, por fim acho que ela só via a imagem do marido em tudo, pois este ela nunca esqueceu.
Durante os anos de 95 e 98, minha avó ainda esperava meu avô chegar em casa, como ele ainda estive-se em vida. Se dissemos que ele já havia falecido, ela caia em prantos e não aceitava a morte do mesmo, contudo quando falávamos que meu pai tinha falecido ela aceitava e entendia, como se a morte do filho que foi quatro anos depois já tivesse acontecido a muito tempo e isso não a incomodava.
Para mim era triste, me sentia presa a ver a minha avó se esquecendo, e vendo a minha mãe enlouquecendo por não aceitar viver aquela situçaõ, por querer ir embora, por ver seus projetos de vida morrendo.
Sim a doença levou consigo alguns anos da minha juventude, dos meus hábitos, dos meus sonhos. Me fez abrir mão de mim em prol da minha avó, que não me reconhecia a certa altura mais como neta, passei me chamar de menina; -Ah a menina !! Você ta ai!
Em 97 mesmo se começou um tratamento, mas que pelo meu ver era apenas paliativo  fabuloso pois ela conseguia conversar ainda mesmo que sempre os mesmos assuntos eu ainda a compreendia. Com o tempo as doses dos remédios precisavam ser aumentadas, para continuar os efeitos, mas nem isso surtia o mesmo resultado.
Era triste saber que o fim, não era a morte em si, mas morrer para vida. 
Aos poucos a minha avó também deixou de falar, deixou de comer, esqueceu que tinha que ir ao banheiro, esqueceu de movimentar, de fazer ginastica, de andar, esqueceu de se levantar da cama.
Entre 1999 e 2002, praticamente a carregávamos de um lado para outro da casa, dávamos comida na boca,  dávamos banho, arrumávamos  penteávamos  conversarmos com ela e tentávamos integraliza-la de algumas forma para a mantermos humana, mesmo ela não falando nada ou falando: nhan nhan nhan e mexendo a mão direita quase toda atrofiada só com o dedo indicador apontado pra fora e sorrindo pra você  num gesto de esperança em meio caos.
Ela faleceu em janeiro de 2002, apos um mês brigando com mais um pneumonia, prestes a ter alta para voltar para casa.
Não sei se foi um descanso para ela ou um peso para nós. Mas demoramos ainda quase dois anos para termos uma outra rotina social sem a minha avó. Pois a vida num período de 8 anos foi na função dela.
O Alzheimer é silencioso, talvez maltrate mais quem convive com o doente do que o próprio doente, pois quem ainda detem a memoria não aceita que o outro não o lembre ou reconheça.
Acho que meu tio só entendeu a doença quando numa das ultimas vezes que ele esteve na minha casa a minha avó o chamou de Arno e tentou beija-lo como marido. Meu tio ficou uma mistura de raiva e constrangimento, a minha avó não o mais reconhecia o filho vivo.
E eu já tinha me acostumado com isso.
Para mim a morte dela de fato, trouxe outros problemas e me fazem sempre refletir como a vida pode ser bela, imperiosa, e esquecida.

Aos que convivem com alguém com Alzheimer, não tenha medo, não é contagioso. Também não se ausente, procure ajuda, a minha mãe procurou a associação de amigos de portadores do mal. Também não pense que só com a sua família acontece isso, pois muitos hoje ainda sofrem calados com medo e vergonha. Também não pense que ira resolver isso sozinho e que é algo passageiro, pois aviso logo não é, e pior pode ser longo e sera necessária toda ajudar que puder. Muitos perdem o chão quando veem o matriarca da família se desconhecer ou desconhecer os familiares, e logo acharem que a família acabou, digo é hora de se unirem ainda mais e dividirem nas tarefas e nas atenções.
Mas se unica saída que você entende como possível a sua família: o asilo, então busque um que tenha como estar sempre presente, próximo, que visite com regularidade, mantenha tudo que seu familiar precise para viver ali da melhor forma possível. Só assim a gente se sente menos culpado ou mais aliviado de estar tentando fazer o melhor.

Por fim entendo que hoje o mesmo mal tem tratamento, mas o maior mal da humanidade, que pode também ser a causa do mal de Alzheimer é a solidão. Aquele mal silencioso, do qual acreditamos nunca passar e por muitas vezes duvidamos que ele de fato existe. A maior solidão não é estar só é a de se sentir só no mundo, mesmo quando todos estão ao seu lado.



sábado, 16 de fevereiro de 2013

Enfim o ano pode começar!

Este fim de semana marca o fim do horário de verão, e logo consigo o período de festas prolongada.
Marca também o início do ano letivo, assim como ano comercial ativo.
Sempre temos a impressão que o ano só começa de verdade depois do carnaval.
Eu já falei disso aqui.
Assim como mal o carnaval acaba, as lojas já estão se organizando para  a pascoa.

Podeira dizer que ano começa com o reveillon, onde todos correm pra comprar roupas brancas. Depois as contas das férias, seguida com a lista de voltas as aulas. Agarrado a isso tudo o carnaval, com a venda de fantasias e adereços.
Nem dá pra respirar. Entramos numa onda consumista uma atras da outra, sem muito observar.

O ano definitivamente começa nesta segunda feira dia 18 de fevereiro. Sem horário de verão, com o verão escaldante no Rio de Janeiro.

Manda a Sandra Annenberg morar de vez no Rio de Janeiro para ela para de reclamar do tempo paulistano, mas manda ela vir no verão e trabalhar no dias de calor a pino. Talvez ela goste mais. Já que em São Paulo o clima é mais ameno e chuvoso.

Carioca gosta deste calor - lota as praias - se queimam de esturricar na areia, acham lindo o bronzeado queimado e aproveitam o sol até o ultimo momento.
Acho que estou meio fora deste padrão....

Sabe, o ano comercial começa e todas as rotinas voltam, como transito, a praia cheia, as criança nas escolas, o comercio e suas benditas datas (imagina se dia de São Valetin iria fazer sucesso no Brasil, em pleno carnaval? Tá todo mundo se azarando, ninguém quer nada sério, ainda bem que inventaram outra data!), a volta das férias, a volta ao trabalho, a rotina semanal, o fim do período de cursos rápidos. Enfim o verão chegou de fato e o ano também.
Divirtam-se!


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Estudar Geografia é chato.

Sabe sou formada em Geografia.
Sempre me perguntam: é professora?
Digo não, não sou.
Sim sou formada em licenciatura em Geografia. Mas também sou bacharel.
Tem diferença?
Têm. E muitas!
Se você se acostumou com aquelas velhas aula de geografia decorando nome de rios, lugares e capitais, digo logo que isso é apenas uma porção de decoreba de informações geográficas que pouco podem trazer algum beneficio futuro.
Estudar geografia é compreender que você faz parte do espaço - lugar - território - paisagem - região em que vive. Não é um ser isolado e muito menos num pedaço de terra só seu, onde só você dita regras. Mesmo que possua um quarto, suas medidas, sua área  suas relações com o restante da casa simplesmente são somente tuas, mas de quem convive contigo.
Mas eu moro sozinho?
Mas em algum momento você receberá visitas ou terá que fazer uma obra ou simplesmente terá que se mudar, o seu espaço exclusivo se reduz ao mundo em que você preserva único seu, onde suas regras são prontamente feitas e desfeitas aos seu interesse, incluindo as suas necessidade, mantendo sua segurança e preservação social. E quando alguém a quebra, são as suas regras que estão sendo desrespeitadas, seu território que esta sendo invadido e os seus limites sociais que estão sendo testados. 

E aí que digo que estudar geografia não é algo tão simples quantos nomes e decoreba.

Entender as relações homem-natureza/ sociedade-natureza implica estudar política, cultura, geomorfologia, climatologia, cartografia, estatística, espaço urbano e agrário. E por mais simples que isso pareça e seja, tem algo que conta forte que é o fato de pensar como isso tudo se configura num lugar ao mesmo tempo, suas dimensões, seus impactos, suas relações, suas impressões.
Será que a geografia termina nas decorebas? Ou começa nos nomes e passa para o questionamento do porque que as cidades surgem junto ao rio?
Ou surge da experiência de andar pela cidade?
Ou simplesmente de dizer eu vou a tal lugar por que lá tem mais lojas?

As atividades sociais que temos dentro do convívio de nossas casas, em grande parte, levamos para a ruas e diretamente a cidade que vivemos, moldando tanto os laços de construção do espaço familiar quanto o do espaço social coletivo: a rua.

Estudar e pensar geografia é estudar e questionar o espaço vivido, é perguntar o por que do onde .
E se você ainda acha que estudar geografia algo muito simples e sem graça, pensa primeiro que antes dos nomes existem pessoas e lugares que os tornam de alguma forma exclusivos.
Pense que sua cidade é única, não nome, mas pelo o que ela tem, pelas ruas, pelos símbolos,  pela cultura, pelo comercio, pela  agricultura, pelo povo. Sendo esses elementos mais importante que nomes.
Pense nisso.



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Um incêndio mobiliza um país.

Sabe-se que existem coisas que custamos acreditar.
Domingo passado (27/01) - as 2h30m da manhã ocorreu um incêndio em uma boate popular no município de Santa Maria (RS), que acabou levando a morte num primeiro momento 231, sendo que 127 jovens continuam internados devido ao acidente.
Isso foi um estopim para que vários municípios deflagarem uma ação contra 'prováveis incêndios'.
As ações que agora são declaradas, fechando casas de show, teatros, espaços públicos e coletivos, são visto por muitos como algo correto, certo.
Mas será que isso não era para se pensar antes do incêndio?
Será que uma legislação, qualquer que seja, municipal, estadual ou federal irá mesmo ser cumprida de forma correta por todos? Até onde a ação de fiscalização do Estado tem se feito presente ou simplesmente relapsa diante de algo quase improvável.
Estamos todos ainda sofridos com que houve em Santa Maria. Mas será que isso é razão para fechar todas as casas de show ?
Agimos no impulso do momento.
Temos que pensarmos como deve ser a melhor forma de agir para que incêndios não ocorram nestas proporções. Pensarmos que a legislação na construção de espaços de teatros e casas noturnas tenham regras claras e eficientes, que pensem no que pode ser permitido ou não, dentro de um espaço deste. Pois isso pode sim ser mais eficaz que fechar tudo. 
Teatros antigos antes destas leis como farão para funcionar?
Nem todos os espaços terão possibilidade de se adaptar, será isso a razão para o fechamento dos espaços ou a redução drásticas de sua capacidade, isso algo justo? 

Até pouco tempo atrás nem se falava em acessibilidade e hoje todos os novos empreendimentos precisam seguir regras de acessibilidade, prédios antigos e de acesso público tiveram que criar e se adaptar as tais regras de acessibilidade, enquanto muitos ainda perguntam: para que? Digo: para que todos possam usufruir deste espaço.

Pensar nos espaços e seus usos, é também repensar a cidade seus espaços e seus usos, como a encaramos e a enfrentamos todos os dias. Se nós também não a fiscalizamos e cobramos o melhor uso, o melhor qualidade, a melhor forma de cuidado social, por que as nossas autoridades também o devem fazer?

Cobramos do outro sua responsabilidade, pensemos na nossa também.

Precisamos sim de saídas de emergência em todas as casas de show, mas será que a nossa casa tem saída de emergência para nossos próprios incêndios? Até onde estamos de fato preparados para enfrentarmos um acidente real em nossas vidas?

Será que isso é discutido? Pensado? Acho que não, pois pensamos primeiro nas leis, na fiscalização, na ação do governo, na ação da polícia e pouco pensamos na nossa própria ação.

Que os familiares encontrem conforto na justiça, mas também nos seus pares em ações de congregação.  
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