quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Educação pra que? Educação pra quem?

Todos os dias, que andamos nas ruas de qualquer grande cidade, iremos perceber que tem sempre alguém jogando algum lixo no chão. Alguns são mais abusados e jogam o lixo pela janela dos seus carros e dos ônibus.
Todos os dias, vemos também nas grandes cidades alguém mijando na rua. Também vemos crianças pedindo dinheiro e muitas vezes pessoas com caixinhas vendendo balas na busca de uma sobrevivência.
Todos os dias que chove muito nas grandes cidades sabe-se que as ruas irão alagar, que os bueiros irão transbordar, que casas serão invadidas pela água, que pessoas perderão tudo que tem.
Todos os anos de eleição todos reclamam na obrigatoriedade de votar. Mas votar pra que? Se os políticos não resolvem nossos problemas e só aumentam os salários deles?
Sempre é a mesma ladainha.....
É melhor ser jogador de futebol famoso ter muito dinheiro do que estudar e ser professor que não ganha nada.
Pra que saber? Pra que ter conhecimento?
Vou ser modelo e virar famosa. Vou ser traficante e comprar roupa da moda.
A vida é a aspiração do que consumimos ou a vida que consumimos é que é a nossa inspiração?
Todos os dias jovens e adolescentes exigem dos pais cada vez mais privacidade e presentes tecnológicos para ‘ajudar’ na educação e nos trabalhos escolares e nas possíveis relações sociais.
Vivendo mais no mundo virtual que real, envolvendo-se com pessoas estranhas em que confiam mais que aquelas que olham nos olhos....
Onde estão os valores sociais?
Todos os dias tem sempre alguém dizendo falta educação ao povo. Há mas o presidente é ‘analfabeto’. Acabaram de eleger um PALHAÇO, ANALFABETO FUNCIONAL, Para Fazer As Leis do Nosso País.
Mas o que é país mesmo?

Desisto.

Dizem que a culpa é do povo que não sabe votar, depois dizem é q culpa é da justiça eleitoral que não sabe julgar, depois vão dizer que ele era inocente e que nos éramos os analfabetos funcionais. Votamos no macaco Tião pena que não foi eleito, ate porque ele não tinha candidatura era um VOTO de PROTESTO. Mas votar no Tiririca é protesto ou falta de conhecimento?
Daqui a pouco vão chamar do ET Bilú pra dar conhecimento ao povo.
Aja paciência pra tanta bobagem.....

A pergunta que fiz é educação pra que e para quem?
A educação escolar obrigatória, em sua maioria não satisfaz sonhos de ninguém. Acreditar em sonhos mesquinhos não faz ninguém virar doutor ou dono de fabrica, loja ou padaria. A educação de CASA que não é obrigatória mas faz falta todos os dias nas ruas, salas, no comercio, na vida social. A educação não formal alimenta de forma rarefeita sonhos e promessas de novos horizontes de conhecimento. A liberdade entre o lúdico e o cientifico pode ser traçada de forma a provocar novos sonhos.

Nem todos serão Pelé e nem todas serão Giselle Bündchen.

Na outra ponta desta conversa é pra quem vai a educação, já que as maiorias estão longe das suas aspirações sem grande conhecimento, então pra quem é este ensino que não ensina, não valoriza, não congrega, não socializa, não produz cidadania?

Ora é pra ajudar votar nos Tiriricas da vida, oras!

Os que podem pagar pela educação não frisão que com educação serão alguém na vida, mas que já são alguém por estarem buscando o aperfeiçoamento da educação...

Legal isso?

Como isso muda na auto-estima e na valorização do ensino. O professor deixa de ser um papagaio mas um argumentador de idéias e projetos aos futuros cientistas que votarão com maior consciência política, não por gostarem de política, mas pelos seus interesses próprios

Quanta diferença Fernandinho!

A educação e a escola que temos são imensos propulsores das políticas e idéias sociais que queremos dos cidadãos brasileiros.. mas será que queremos ?
Ou será que queremos mas a lei do consumo rápido impedi ou dificulta uma maior discussão da aprendizagem do país dos analfabetos funcionais, dos analfabetos digitais e os loucos por tecnologia que poucos sabem usar ....
Daí, pergunto pra que educação? Pra que escola?
Porque os pais não letram seus filhos em casa, e depois o governo vem e obriga que todos façam uma prova para atestar os alfabetizados.
Educação sim, mas uma educação que todos sejam responsáveis e exemplo todos os dias, e não somente dentro dos limites das suas residências.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A liberdade é imaginaria

Como pode estar livre se a corrente te prende?
A liberdade é imaginaria.
É o limite entre amar e o se jogar diante do infinito.
A liberdade desejada todos os dias te desprende de tudo e todos
Só cabe sua vontade e desejos. É o ar que perpassa por todos os pelos do corpo e te envolve de coragem.
Mas quando a liberdade encontra o amor ela se torna corrente.
A corrente invisível da liberdade limitada, onde os passos são contados e tempo se faz inimigo.
O outro se torna presente como algo a dialogar e sua beleza, e por também ser livre, mas também estar preso pelo mesmo ato de amar e reconhecer o outro.
Qual a distancia entre o vazio que estende de você para a outra pessoa?
A liberdade se perde no instante e se reconquista na coragem de acreditar que amar também traz a liberdade para sonhar.
Continuamos presos na ampulheta e o Sr Sonho nos observa na esperança de quebrá-la.
A nossa liberdade está na razão de viver a intensidade de cada momento e tentar entender o que se é amar.

Para ‘ilustrar’ o pensamento:

Luís de Camões
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?

1 Coríntios 13 – 1-13
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
 
Busquemos mais liberdade para sentirmos melhor os laços do amor.
A liberdade é imaginaria. Estamos todos presos dentro de nós pelo nosso amor próprio, pelo desejo viseral da vida contida entre as linhas do corpo. O universo ainda é muito grande para este sentimento, e para que possamos alcançá-lo a liberdade para amá-la o outro e o desconhecido, quebrar as próprias correntes serão necessárias..
Estamos agora presos novamente e a liberdade é requerida.
Deixemos todos partirem e fiquemos nos com nos mesmo e o que resta é a liberdade sem nada.
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