Um dia de cada vez.
Nestes tempos de agora temos falado de Feminicídio quase que
diariamente.
A violência domestica e todas as violências contra a mulher têm
sido debatidas e combatidas de forma intensiva como não se fez nestas terras
brasilis nos últimos 30 anos.
O machismo também tem sido combatido e toda uma discussão das
nossas atitudes sociais e como projetamos nossas relações sexistas tem sido
temas de rodas de conversa e debates.
Não sei se isso fará de fato uma mudança nas nossas relações,
contudo trás a tona quem somos e o que queremos de sociedade num futuro
próximo.
Em outros tempos este mês rosa estaríamos só discutindo a questão
do câncer de mama, câncer de útero, presença da mulher na sociedade e as
questões de saúde feminina - hoje estamos falando de sobreviver das mulheres em
questões de vulnerabilidade social e assassinatos de mulheres pelo fato de
serem mulheres.
É preciso falar de mulher, com mulher, para mulher, sendo mulher
ou não.
Somos XX
É preciso falar e ter sororidade.
Quem gera o ser humano é a mulher.
E mesmo que vc diga precisa de um homem, te falo hoje com um pouco
de ciência podemos transformar um ovulo em uma espécie de gameta - as mulheres
seriam autossuficientes de si mesma no processo reprodutivo. Não acredito que
isso seja a solução para a sociedade e nem para as mulheres.
Ainda acredito numa mudança maior quando conseguirem fazer que
homens de fato XY possam engravidar, isso sim seria uma mudança incrível para
nossa sociedade.
Mas por enquanto todas as crianças que chegam ao mundo passam pela
barriga de mulher...
Salve as #ppks, #pererecas, #pombinhas, #borboletas, #escondidas, #perseguidas,
#xoxotas, #xotas, #periquitas, #xanas, #abas-de-estrelas, #abigail, #amiginhas,
#aranhas, #baratas, #bebetes, #braulias, #capôs, #judites, #queridonas,
#prechecas, #buçanhas, #tutinhas, #pipocas, #esfihas, #florzinhas, #gretas,
#malvadas.
(obs: tem inúmeros nomes para a vagina e a vulva, muitos são
pejorativos ao órgão e a mulher). Vale cada uma dar o nome que se sinta
empoderada ou confortável.
Neste mês “rosa” vale lembra que a vida humana ainda depende de
dois indivíduos de sexos diferentes para gerar um terceiro... Mas pode ser um
casal homoafetivo ter filhos, mas ainda assim essa criança sairá de um ventre
de feminino, mesmo que de um homem transgênero (uma mulher que se percebe como um homem e que alguns casos faz alterações químicas e cirúrgicas para ficar semelhante a um homem).
Observações:
A intenção do texto é falar de MULHER geradora de vida.
Tem sim homens geneticamente falando que se sentem e se veem como
mulher, nada impede deles serem mulheres ou se sentirem mulheres, contudo ainda
não é possível uma mulher transgênero gerar uma criança no seu ventre. (quem sabe
em breve isso seja possível, estou de fato nesta torcida tem tempo)