quinta-feira, 13 de julho de 2017

Fome louca

Tempos loucos....
Loucos tempos....
Os loucos somos nós, numa montoeira de fumaça e areia.
Sendo engolidos pelo nosso descaso.
Descaso politico, social, economico, educacional, do eu...
Enquanto o Eu se farta de novela e coca-cola, um outro Eu sente fome de saber para onde vamos e que água teremos amanhã.
Tem um Eu saciado de carros e viajem e outro Eu sedento de família e lar.
Ainda tem o Eu farto de seriados e moda e outro Eu faminto de abraços e reconhecimento por estar vivo.
Tem um outro Eu que come todos os dias caviar e bebe champhagem e um outro Eu que ja perdeu a lingua de fome de solidão.
Sabe andamos muito loucos.
Os relogios moles de Dalí são tão reais nos dias de hoje.
A nossa efemeridade não data no segundo.
A fome e a sede de ser tudo.
O fastio e a abastança de ter só que pode ter.

Nada mais cabe em si. O Eu é super tudo. Louco de si mesmo. Cego e Mudo.

Eu louco fastiado do mundo, nada mais o serve, nada mais lhe cabe, nada mais o embeleza, nada mais o a trai. O desprezo e a indiferença pelo outro Eu faminto, faz que só exista mas nada nem o mundo o serve mais, vê a propaganda uma viagem a Marte só ida - e diz a si mesmo que isso sim seria algo digno dele - algo realmente novo para alimentar sua voracidade de manter-se satisfeito.
O outro Eu faminto morre lento lucido, altivo crédulo imparcial dolente imóvel permissivo de si que nada mais há a fazer se não aceitar a morte pela fome de existir.
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