terça-feira, 28 de julho de 2020

HOJE

Os meses estão passando...
Já é fim de julho.
Daqui mais um mês fim do inverno.
Os dias quentes e secos nos enganam.
Os dias estão tão secos que a roupa estendida pela manhã já está seca a tarde.

Esses dias eu tenho tido muita saudade.
Sofro de saudades eternas. Como um ser das neves que vive encoberto de longas mantas de retalhos feitos fio a fio.

Mas se o passado não move o andar, mas move os sonhos.
Não se vive de passado se vive de HOJES.
Quanto HOJE se vive nestes tempos de internet?

Passamos mais tempo nos youtubes, facebooks, instangrans, tiktoks e outras tecnologias de interação que ligadas no que somos de fato e no que fazemos para nos.
Tem gente que diz que consegue dividir o tempo certo para cada coisa dessas e tem ate agenda planer para acessar e postar em cada rede social ou filtrar as melhores coisas das redes sociais e usar isso como uma ferramenta de alavancagem... Antigamente isso funcionava no orkut e nos msns de plantão, mas hoje eu já não sei o que de fato funciona.

Fato que tem coisas para todos os gostos .. e é tanta informação mas tanta que não da pra acompanhar... eu desisti.
Eu curto meu spotify a duras penas ... acesso para ouvir o que não toca no radio... as minha musicas lentinhas e coisas regionais com a Socorro Lira e o Tom Drumond...

A gente vai se enchendo de passado ... por que viver na rua não ta rolando - mas tem gente indo ou porque precisa mesmo tá na lida ou porque gosta de se por em risco...
As pessoas reinventaram ja de tudo ... Mas o que mais sinto falta é de passear pelas ruas ... ir ao calçadão ver o mar... sem medo... para tirar fotos mergulhar no momento.
To com saudades dos meus amigos ... acho que a distancia agora parece que pesou mais ainda. Um desejo de liberdade lucinante ....

As pessoas ainda só pensam no selfie... para por no instangran ...
e eu so quero o momento de liberdade que não precisa nem para nas redes sociais .. se ficar em segredo pra mim ja ta bom ... andar sozinha é o que mais faço.

127 dias da quarentena ...
um dia de cada vez .

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Fotografia

Tlick!
Click!
O som do obturador marca o momento em que a fotografia será feita.
O tempo de abertura e o seu diâmetro determina que tipo de luz esperamos captar para ter uma boa foto.

A foto é o momento congelado no tempo.
Antes da foto o que tínhamos era a pintura e a gravura....
A fotografia foi uma revolução tecnológica.
Nunca mais pensamos em ficar horas posando para um pintor para fazer um quadro como a nossa imagem. A fotografia - a escrita da luz ou sua sombra ... fez e faz uma diferença nosso dia a dia.
Se antes para termos uma fotografia tínhamos uma câmera com um filme com uma química que queimado pela luz e depois de revelado em processo de corrosão tínhamos uma imagem do tal instante - hoje as câmeras estão ai nas palmas das mãos a torta a direita nos celulares.
As fotos são publicadas de forma online de maneira quase que imediata em que tocamos o botão do obturador do celular.
Nunca produzimos tantas imagens por segundo.
As câmeras dos celulares melhoraram e muito nos últimos 10 anos.... eu ainda tive câmera compacta digital melhor que as dos celulares ... e seu armazenamento e transferência de dados era uma grande porcaria. Tinha celulares que não permitiam esse tipo de recurso .... E a internet ainda não fibra ótica e nem 3G.

Ah! como amo fotografia.
Lembro que pedi a minha câmera fotográfica tinha uns 13 anos ... e perturbei meu pai por meses para ter uma câmera. Ganhei uma Sonora love ... uma máquina fotográfica descartável que era trocada a cada revelação do filme ... tinha um filme estreito, diferente das câmera fotográfica como de 125mm.

Eu ganhei uma câmera fotográfica descente quanto fiz 14 anos, uma yaschica manual. Usei ate ela quebrar o botão da manivela. Depois comprei uma eletrônica.. uma porcaria... continuei tentando trabalhar com a Olympus trip 35 do meu pai depois que ele faleceu... mas o tempo fez eu aposenta-la.

Meu pai tinha uma outra maquina grande em formatão ... esqueci agora o nome - vendi a tal caixa por 10 reais na feira de antiguidades quando tinha 16 anos... a falta de grana me impulsionou vender varias coisas - tempos ardos.

Eu queria aprender sobre Astrofotografia mas precisava de uma boa câmera para poder controlar o obturador por conta do tempo de exposição .

Hoje qualquer um pode tirar fotos, mas nada como um profissional para fazer aquelas fotos mágicas ...
Gosto mais de bater o botão do obturador  do que estar na frente da câmera...

As fotos hoje não são mais em granalumatura mas em pixel... Então quanto maior a quantidade de megapixel melhor será a resolução da imagem.... 
Clik! 
Fotógrafo o tempo.
Click!
Guardo o tempo no instante tentando guardar a alma alheia.
Click!
A paisagem eterniza ...



quarta-feira, 8 de julho de 2020

Verborragia

Hoje me dei o direito de ler algo fora do meus temas de leitura (astronomia, ciência, divulgação e culinária).
Li sobre o poeta Exagerado.
Como amo poesia e como leio pouco.
As vezes solto uma por aqui. Eu ainda gosto de escrever.
Mas com certeza o Exagerado foi uma grande influencia como toda a produção do Rock Brazuca anos 80.
Consumi isso até cantar sozinha em baixo do chuveiro.
Sou apaixonada por Legião Urbana. Sim tem horas que dá vontade de corta os pulsos.
Barão Vermelho é poesia de amor e liberdade. A necessidade de viver a 100km/h sem olhar as placas de transito.
Lendo sobre o Cazuza e o Ezequiel essa dupla terrível (risos) lembrei da verborragia das palavras ditas ao ar como forma de dizer além do que é dito.
Lembrei de um conhecido verborrágico incrível, mágico, um dominador do ar e do fogo, ariano clássico, centro das atenções e corações aflitos. Artista plástico e guia de turismo(?) - lembro de suas aparições e de seus personagens incríveis e me lembro de quando tive ao atrevimento de perguntar se ele era homossexual - eu sou péssima para ler personalidade das pessoas - e ele apresentou uma dessas personagens para responder a mim. Eu fiquei muito envergonhada.
Ele é um Cazuza ao modo dele. Exagerado.
Hoje nem sei se ele tão  Exagerado assim. E talvez ele leia isso e venha brigar comigo - desculpa mas eu te amo!
Mesmo que me deteste.

Nestes tempos áridos gosto de lembrar destes tempos de exagero de vida em que podiam viver no limite ou fora dele e não ter tanto medos de não caber em algum quadrado construído nesta sociedade em que tanto o Cazuza questionava.
Sinto falta dessa verborragia - dessa palavras ditas ao vento, com a força dos tufões das frases de efeito dos anos 80.
Estranho é pensar que a moda dos anos 80 estão ai nas ruas mas suas ideias e questionamentos pós-punk não.
Claro que o movimento Contra-cultura não deu tão bons frutos, mas o que teve de bom precisa ser reconhecido.

No inicio dos anos 2000 perguntávamos o que seria o futuro e o uso da internet, ainda incipiente e desconhecida para muitos. O uso de grupos de conversa pelo Yahoo e o uso do ICQ eram nossos encontros virtuais. Eu curti muito isso. Mas eu não pensava nessas redes dessa forma. Perguntava a mim como essas redes sociais virtuais construíam uma  rede social de informações e de relações e quanto isso poderia ir para o campo do mundo real... essa era minha viagem.

Exageros a parte.
Tudo era motivo para poesia e arte.

e isso faz falta e essa gente ta muito cinza contra as cores neons e pasteis dos anos 80.
Viva Cazuza
Viva a arte
Viva a Poesia


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