quarta-feira, 8 de julho de 2020

Verborragia

Hoje me dei o direito de ler algo fora do meus temas de leitura (astronomia, ciência, divulgação e culinária).
Li sobre o poeta Exagerado.
Como amo poesia e como leio pouco.
As vezes solto uma por aqui. Eu ainda gosto de escrever.
Mas com certeza o Exagerado foi uma grande influencia como toda a produção do Rock Brazuca anos 80.
Consumi isso até cantar sozinha em baixo do chuveiro.
Sou apaixonada por Legião Urbana. Sim tem horas que dá vontade de corta os pulsos.
Barão Vermelho é poesia de amor e liberdade. A necessidade de viver a 100km/h sem olhar as placas de transito.
Lendo sobre o Cazuza e o Ezequiel essa dupla terrível (risos) lembrei da verborragia das palavras ditas ao ar como forma de dizer além do que é dito.
Lembrei de um conhecido verborrágico incrível, mágico, um dominador do ar e do fogo, ariano clássico, centro das atenções e corações aflitos. Artista plástico e guia de turismo(?) - lembro de suas aparições e de seus personagens incríveis e me lembro de quando tive ao atrevimento de perguntar se ele era homossexual - eu sou péssima para ler personalidade das pessoas - e ele apresentou uma dessas personagens para responder a mim. Eu fiquei muito envergonhada.
Ele é um Cazuza ao modo dele. Exagerado.
Hoje nem sei se ele tão  Exagerado assim. E talvez ele leia isso e venha brigar comigo - desculpa mas eu te amo!
Mesmo que me deteste.

Nestes tempos áridos gosto de lembrar destes tempos de exagero de vida em que podiam viver no limite ou fora dele e não ter tanto medos de não caber em algum quadrado construído nesta sociedade em que tanto o Cazuza questionava.
Sinto falta dessa verborragia - dessa palavras ditas ao vento, com a força dos tufões das frases de efeito dos anos 80.
Estranho é pensar que a moda dos anos 80 estão ai nas ruas mas suas ideias e questionamentos pós-punk não.
Claro que o movimento Contra-cultura não deu tão bons frutos, mas o que teve de bom precisa ser reconhecido.

No inicio dos anos 2000 perguntávamos o que seria o futuro e o uso da internet, ainda incipiente e desconhecida para muitos. O uso de grupos de conversa pelo Yahoo e o uso do ICQ eram nossos encontros virtuais. Eu curti muito isso. Mas eu não pensava nessas redes dessa forma. Perguntava a mim como essas redes sociais virtuais construíam uma  rede social de informações e de relações e quanto isso poderia ir para o campo do mundo real... essa era minha viagem.

Exageros a parte.
Tudo era motivo para poesia e arte.

e isso faz falta e essa gente ta muito cinza contra as cores neons e pasteis dos anos 80.
Viva Cazuza
Viva a arte
Viva a Poesia


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