segunda-feira, 1 de maio de 2017

Sob vôo

Sob um mar de nuvens, sobrevoando cidades, vamos nos iludindo o perto e o longe.
Perto e longe. As distâncias de aéreo são curtas....
A pé as distâncias são maiores, mas tem o contato com o mundo...
Sob nuvens o que se vê é a brancura desta cortina que impõem uma claridade de arder os olhos.
Sob os pés um mundo que não vemos e a esperança de reencontrar novos lugares.
De repente as cortinas de intensa brancura se abrem mostrando morros e vales de lugares desconhecidos.
Nos olhares pela janela essa imensidão de luz entra mostrando a força de uma manhã, onde as distâncias vão diminuindo.... E cada vez mais perto das saudades e dos universos transversos de quem vive em vários mundos...
Perto e longe...
Longe de casa. Perto dos sonhos e da casa das infâncias.
Hoje às distâncias são cada vez mais curtas... Um mundo online e disperso e as possibilidades das vídeos conferências...
Voar é um gesto de amor, de proximidade e concretização.
Nestas distâncias e proximidades somos apenas parte do fluxo. Nem ponto somos mais.
Fluxo....
Ainda estamos sob nuvens. E por hora o outra se abrem mostrando vales...
Logo aterizaremos... Num novo solo, numa nova cidade. Um novo eu.
As distâncias agora já são menores mas a casa terá que aguardar a volta.

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