sexta-feira, 12 de maio de 2017

Caixa de memórias


Todos os dias depositamos alguma memória nas nossas caixa de dados. Algumas serão corrompidas com o tempo, por uso ou descaso. Todos os dias.
As memórias são acessadas em secções, de acordo com a necessidade usual.
De fronte ao espelho, o que vê-se é um amontoado de memórias de si mesmo, reconstituindo-se de si mesmo do que foi, do que é e talvez do que talvez será.
No nosso deposito de memórias felizes guardamos as coisas mais incríveis que vivemos, por mais idiotas que sejam.
Hoje por exemplo, uma aula de arte falar sobre técnicas, um encontro com uma amiga e um café no meio da tarde e no fim da noite colocar a escada na janela para ver o ninho que as rolinhas fizeram e colocaram seus ovos.... 
Neste misto de arquivos que podem ser divisíveis, são indivisíveis a mim. 
Diante de mim paginas em branco e sobre mim todas as memórias vividas.
Numa colchas de memorias não me refaço, mas tento refazer todas as histórias que conto; na sede voraz de que nada foi perdido para contar-se, mesmo sabendo que tudo já se foi.
Somos tão pó com vento. 
Somos apenas poeira de estrelas. 
Somos caixas de memórias
Somos um motor em propulsão constante
E nas memórias contadas outros serão vento, estrelas, deposito e constante.

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