quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A cultura de consumo e os memes

Se a tempos de outrora o mundo foi bipolar, hoje dizemos que ele multipolar.
Num tempo que tudo acontece tudo ao mesmo tempo e você não precisa mais sair de casa pra ir fazer comprar e pode pedir mil coisas pelo telefone, a cultura e as 'piadas' passam pela mesma dinâmica perversa da rapidez do teclar dos Ipads....
Este tempo que beira a linha do absurdo, não pela agilidade mas pela quase imbecilidade das informações que compramos a cada meio segundo.
As novas centralidade são dispares, com interesses por horas comum e por outras dispares, são os polos econômicos da moda mundial.
Daqui a mais um pouco eles também serão obsoletos quando a Luíza que foi pro Canadá e foram avisar que ela já voltou só pra constar que virou moda no Brasil das coisas fúteis.
Contamos o tempo do dinheiro com o tempo que virar como a menina do leite que contava com os ovos que iria comprar mas o leite derramou antes dela ter o dinheiro na mão.
Somos uma bola de consumo desenfreada, se não podemos consumir, recriamos o que precisamos, e se nada esta bom, inventamos algum futebol para nos alegrar.
Educação para alguns pensarem que detém o conhecimento enquanto muitos acham o que a escola ensina basta para trabalhar com escravos da mesma linha de consumo que os gerou. Pensar cansa, exauri, machuca, desperdiça,envelhece e não alimenta as bocas sem dentes e famintas de comida, pois pra livro virar comida muito ainda morreram de fome e sede sem entender uma linha do que dizemos aqui. 
Precisamos para ontem de mil técnicos e engenheiros e médicos, enquanto uma minoria ingrata que vive de governar não entende nada de ciência e continua achando que só livro ira alimentar corações mentes e bocas..... 
Consumimos tudo desvairadamente sem pensar.
Pensamos sim na novela que vai estrear, no futebol que vai passar, no filme que vai estrear, no galã que surgiu, nos grupos jovens que começaram a fazer sucesso, na pressa que temos pra fazer o trabalho, na chegada do fim de semana, no beijo do namorado/a, na briga que tivemos na semana passada, do novo eletrodoméstico que surgiu, na rapidez das notícias e tudo que é legal na internet....
Logo eu esqueço que é mais fácil ir devagar, observar as arvores e os pássaros, ver o mar, ouvir a chuva, viver com o que tem, ser feliz com o que é ...
E agora é a hora dos memes politicos .. e logo logo todos estarão algum refrão 'brilhante' na boca ou melhor nos dedos escrevendo ou compartilhando .... ai... eu não mereço!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Colorido da vida

Tenho ficado surpresa com algumas coisas que leio e outras tantas que ouço.
O tempo tem passado muito depressa e muito pouco tenho me dedicado as minhas leituras, aos videos, as paisagens, ao mundo presente e ao mundo interno.
Esses dias as flores de maio desabrocharam junto com as violetas. O clima seco e quente durante o dia tem sido muito agradaveis para um inverno. Apesar de aqui no Rio quase nunca fazer inverno.
Os dias estão ensolarados.
Gostaria de andar mais ao sol e ao ar livre.
Tenho trabalho por vezes demais.
Meu corpo cansa e a minha mente me alerta: ainda falta!

A mediocridade das coisas.... a efemeridade da vida .... o consumo desnecessário .... o vazio que nos derruba .... a solidão da alma em meio as multidão surdas.....
somos o que somos engrenagem de uma grande máquina.
E sem ser máquina ainda podemos sonhar com as cores que gostaríamos de colorir nosso mundo.

sábado, 4 de agosto de 2012

Nobreza das palavras

É no silencio frio da noite, na alta madrugada, que a palavra quando dita ganha forma.
Ela invade todos os espaço, toma o ar pra si e se esvai logo quando o som cessa.
A palavra durante o dia, quando todos falam, e os barulhos se multiplicam em alto falantes, ela perde a forma e fica presa só a cavidade do ouvido.
Em pouco mais de tempo ela desespera e some e perder-se totalmente na imensidão de tanto som ao vento.

As palavras tem vida própria, ditas sozinhas são mais fortes, em conjunto em frase em texto em dialogo, são menores contudo indissociáveis. Formam uma corrente que nos prende e amarra.

Só no silencio puro e limpido que percebemos sua nobreza.
Aos surdos as palavras tem outros sentido, tem outros movimentos que preenche espaços e ganham formas em sinais que na escuridão da noite também muito pouco se poderá ver.

É na luz do dia quando todos estão acordados que a palavra passa ser comunicação e vive como joia rara na boca das pessoas que sabem usa-las.
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