segunda-feira, 30 de julho de 2012

Solidão

Gosto de música brasileira de verdade, música de raiz. Gosto do gosto do sertão.
Gosto da viola caipira repentista, cantada e encantada na noite de festa enfeitada.

Brilha longe estrelinha.
Brilhe longe estrelinha.
Sol quente e iluminado, transbordando o mundo em luz e calor.

Transforma a escuridão em vida transmutada.
Enquanto em seu terrário, sua entrada,  assim faz a vida e mantem confinado toda a água ali necessária.

Entra a luz e guarda a água.
Energia e propulsão.
Faz dia e faz noite, sempre dentro de sua redoma de vidro com auxilio de outra mão.

No confinamento do terrário, o Sol é o melhor companheiro
A água a fonte indispensável a vida.

Alceu Valença - Solidão.

A solidão é fera, a solidão devora.
É amiga das horas prima irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos,
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera, a solidão devora.
É amiga das horas prima irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos,
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera,
É amiga das horas,
É prima-irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão dos astros;
A solidão da lua;
A solidão da noite;
A solidão da rua.

A solidão é fera, a solidão devora.
É amiga das horas prima irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos,
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera,
É amiga das horas,
É prima-irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão dos astros;
A solidão da lua;
A solidão da noite;
A solidão da rua.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Imperator - Uma casa de show bem carioca.

Já fez um mês que o Imperator reabriu no Centro do Meier- na rua Dias da Cruz - no seu antigo endereço - totalmente remodelado, nos cuidados da prefeitura, após 16 anos de fechamento e quase abandonado.
Os interesse das igrejas neopentencostais de comprar o espaço foi grande mas não foi cumprindo (graça a Deus! O espaço das artes virar templo religioso seria um pecado muito maior para um bairro nobre quanto o Meier).
Fato que o espaço onde abriga a casa de espetáculos já foi uma escola publica, já foi o maior cinema da América Latina e também a maior casa de show do Brasil, antes da construção do Metropolitan na Barra. O tempo passou e os antigos proprietários do espaço faliram abandonado-o a própria sorte. Sorte que a população do bairro brigou e muito para ver novamente aquele imenso espaço social revitalizado e congregando com a sociedade local e da cidade.
A reinauguração feita pela prefeitura da cidade também trouxe ao Imperator um novo nome: Centro cultural João Nogueira. Que muito alegam que não tem em nada haver com o espaço e nem com o bairro. Enganam-se quem quem diz que não tem haver com o bairro, pois tem. No próprio Imperator tem hoje um espaço de memoria do cantor e compositor que viveu alguns anos no Meier nas proximidades do espaço. O Imperator tem sim muito mais história para contar que talvez o sambista - não tenha duvida - até porque ele é um espaço social da cidade, tem sua própria historiografia. Sua reabertura a população carioca é um marco e vejo como uma renovação do espaço teatral da cidade - hoje a cidade esta reabrindo os grandes teatros que a muitos andavam fechados e esquecidos.
Podemos dizer que isso é causa do entusiasmo econômico, o novo processo de desenvolvimento econômico da cidade em prol dos grandes acontecimentos esportivos ou quem sabe ao desenvolvimento do pré-sal. Fato que hoje a cidade tem mais um enorme espaço cultural moderno com multisalas, com ar condicionado, com estacionamento próprio, com acústica própria reformada, com três ambientes distintos, pronto para ter cinema, teatro, show tudo num único lugar e podendo ter mais de um evento ocorrendo no mesmo espaço atendendo os pedidos do moradores do Meier. Acho que isso voltamos valorizar o Meier que andava esquecido graças ao Norte Shopping. Quem sabe isso também não aumente a visibilidade do bairro e o seu comercio que anda meio caído.
E mesmo com o fim da era Canecão, surgi o Miranda, o Imperator, o teatro Ipanema, os espaços culturais da prefeitura, o parque de Madureira, e outro mais deverão despontar na cidade nos próximos dois anos e depois sim saberemos quais sobreviveram aos movimentos esportivos e o que restara a esta cidade de verdadeiramente bom.
Os que sobreviverem irão contar essas histórias.

sábado, 14 de julho de 2012

Férias

Aguardadas com certa ansiedade.
Estão próximas, porém serão curtas como inverno carioca.
As festas juninas virarão julhinas graças a Rio +20.
O tempo mudou. Os dias estão mais curtos.
As noites mais frias.
O carioca estranha o frio e procura os casacos escassos do armário
E continuo meio doente.
Logo isso acaba como as férias e o calor dos trópicos volta a reinar soberano sob os dias de invernico carioca.

Quem sabe o calor dos braços e abraços e algumas festas julhinas seja um otimo rémedio.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Alessandra Leão - Dois cordões

OK!
To eu novamente falando de música. De música boa, arretada, sem chicletes furrecas que andam tocando nas rádios. Esta cantora me empolgou com o trabalho apresentado a um ano no Quintas do BNDES.
Alessandra é uma pernambucana arretada. E este trabalho é muito bom. Não só eu que digo
Olhem só!

Por conta dessas e outras só tenho ouvido isso esses dias. E para dividir novamente meu gosto duvidoso
deixo um letrinha pra vosmecês!


Atirei

Alessandra Leão

Atirei mas não vi
A bala rasgou o ar
Não era bala morteiro
Não era para matar
Atirou quando viu
A bala rasgou o ar
E era para matar (Refrão)

E eu não atirarei
Não venha apontar
Pro peso do disparo
Quem foi disparar
Não posso estancar
O sangue que jorrei
Se vai não voltarei
Parou pra atirar

A bala rasgou...
O corpo tombou...
(Refrão)

No passo que andou
Nem dava pra olhar
O dedo no gatilho
Puxou pra matar
Quem vai incriminar
Um anjo que atirou
Nem viu quando matou
Correu sem frear
Eu não atirei
E eu não atirei
E eu não atirarei
Não venha apontar
Pro peso do disparo
Quem foi disparar
Não posso estancar
O sangue que jorrei
Se vai não voltarei
Parou pra atirar
A bala rasgou...
O corpo tombou..


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