segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Ausência

Através de uma janela se via um dia iluminado lá fora. Com certeza esta um dia quente, apesar de ser ainda final de inverno. A primavera esta ousando chegar mais cedo.
A friez de Lúcia era visível quando passava pelo corredores do prédio que trabalhava. Parecia que nada poderia fazê-la rir ou mover-se da dureza estranha do seu rosto.
Quem a conhecia sabia que não era assim. Mas o que a incomodava tanto?
Quem ousaria quebrar seu aspecto sombrio?

Todos os dias ela parece que espera que algo entre pela janela e mude a direção.
Nada acontece.

A observo de longe com tristeza e contrição de me sentir imóvel diante da vida.
O que será de Lúcia em seu silencio, na sua ausência social ?
O escritório, a repartição, o andar e nada dentro da empresa ira toca-la; da mesma forma que entrou saíra, sem causar impacto algum. Sua presença não faz presente , não causa diferença no funcionamento da maquina de produzir conteúdo urbano plausível.
Talvez um dia consiga publicar algum artigo suficiente bom para que a editora relembre dela.
Enquanto isso, vejo o dia passar pela janela o dia rarefeito da segunda feira.

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