E ai você entra no museu e é recebido por um
"guia" (mediador ou monitor) da exposição ou simplesmente entra.
Os objetos estão dispostos de formas diversas, normalmente
cada obra com uma ficha técnica mínima da obra - que fala muito pouco
(descreve material, nome, data e autor).
Você passa pelas obras e se interroga: - Porque estas obras
estão aqui?
Ou ainda: Porque essas obras foram selecionadas?
Ou: Do que se trata mesmo essa exposição neste museu?
Bem, entre uma dúvida e outra, o fato que você ao se
questionar mostra quanto estamos distante do espaço museu e sua compreensão.
A idéia de museu que ainda temos em nossas memórias é um
museu de colecionismo, de empilhar informações que nem sempre se relacionam
entre si.
O papel e a forma do museu mudaram, e mudaram muito. Mudou
não só na forma de se pensar o museu, organizar o museu, mas também a forma de
se freqüentar o museu.
Os centros de divulgação cientificas museais tem ainda um
aspecto conservador ligado ao cunho didático, contudo se mostram renovados
quando tentar buscar novas formas de conversar temas, que para um público leigo
possa parecer fácil, de forma leve, prática e divertida; mesmo que nem sempre
da melhor forma possível.
Os museus têm buscado parcerias e as associações para
dialogar seu espaço no universo cultural. Nessas
associações podem facilmente estarem discutindo as ações e promoções de eventos
que tenham dado certo, o que ocorreu de inesperado e qual é o papel do museu
nesta sociedade sedenta de comunicação e informações instantâneas.
As exposições ganharam ares multimídia, com códigos que
podem ser lidos no celular ou com possibilidade de baixar links específicos
sobre uma obra ou experimento. O museu deixou de ser um colecionismo para ser
uma experiência constante tanto para o museólogo e cenografista, tanto quanto
para os visitantes que muitas vezes são surpreendidos pelas novidades.
É claro que sempre acontecem fatos que saem da curva, como
o questionamento do porque de manterem de como era antes o museu,
ou porque tanta modernidade para observa algo que já estava aqui há tanto
tempo... Fato que essas perguntas aparecem dos dois lados... Gente querendo
engessar e outras querendo inovar sempre .
O meio termo sempre é possível.
O museu de ontem não é mais o museu de agora. A idéia museu
virou museu, pois os
museus ganharam nas ultimas décadas mais pesquisadores e questionadores dos
seus usos e funções.
Tem gente que diz que museu é coisa de gente velha. E tem
gente que diz que museu só guarda coisa velha. Mas o que é velho são essas idéias.
O Museu virou museu e hoje é um Centro Cultural ou Espaço
museal, com lugar para experimentação e encontros entre o passado e o presente.
Observar o passado também é uma forma de planejar o futuro.
Antes que você diga então você deve gostar muito de
museu...
Digo que sim, mas gosto mais do poder de poder renovar
conceitos e transformar o velho em novo, e a capacidade de acreditar que a
mudança e o aprendizado constante fazem a diferença dos museus de outrora com o
que vemos hoje nos grandes centros urbanos.....
Um comentário:
Parabéns pelo blog....abraços
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