quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dias inocuos

Ausente e presente.

Esses dias me fizeram por força maior ficar em casa - torci o pé.
Claro, isso foi dolorido e doloroso. O pé ficou enorme e roxo.

Me obrigou ficar em casa, ver o tempo da janela e a curti as fofocas alheias.
Porém foi bom.

Tudo tem uma razão de ser, mesmo que nunca consigamos entender o seu porque.
Tem dias que somos apenas marionetes na mão do criador, oras instrumentos de amor involuntário.
O que nós faz realmente melhor ou pior que o outro?
A capacidade que cada um tem de amar...

Mesmo que ficar doente me deixasse triste e aborrecida ainda assim fiquei feliz por saber que ainda estou viva.

Sábado dia 19 fui ao Morro do Anhanguera, PNT. Com serração e alguma chuvinha. Um ambiente lindo de serra-pilhagem em meio as árvores.
O tempo úmido e um tanto encoberto não permitiu chegarmos aos nossos objetivos, contudo foi incrível.
Tudo vale apena quando a alma não é pequena.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Eu em eu.

Sinto falta de mim mesma.
Sinto a ausência calma e perplexa da minha essência
Meu perfume evaporou.
A chuva lava o chão e empossa a minh'alma de atenção.

Enquanto todos buscam nos outros os erros
para deles fazerem reflexão
Tento na força bruta entender meu espelho.
Pois já com carinho ele não me responde nada.

Sou eu no meio das minhas emoções e das minhas razões
Sou a montanha e água.
Tanto imponente quanto forte
Tanto fluida e inconstante.
E quando bate o vento mais um pedaço de mim se lasca.
Busco o calor do fogo
Mas vem a chuva e logo tudo se acaba. Vira lama e lodo.

Enquanto ergo o meu sorriso matutino
E a sua vidraça que estilhaça.
E teu pranto que te cala
No meu peito ainda revibra um amor amaldiçoado.

Entre perdas e danos
O que sou
é uma colagem de papel marchê.
______________________________

A montanha e a Chuva - Orlando Morais

Eu queria tanto lhe dizerDa minha solidão, da minha solidezDo tempo que esperei por minha vez,Da nuvem que passou e não choveu...Minhas mãos estão no arComo aeroporto pra você aterrissarTambém sou porto, se quiseres ancorar...Sou ar, sou terra e sou mar.Eu tenho a mão e você tem a luva,Eu sou a montanha e você é a chuvaQue escorre e some no final da curvaE beija o rio, pra abraçar o mar

É por isso que a montanha tem ciúmesQuando o vento leva a chuva pra dançarMuitas vezes tudo acaba em tempestadeRaios gritam sobre a tarde,Tardes dormem ao luar,Anoitece a minha espera,Amanheço a te esperar.. 

domingo, 13 de novembro de 2011

Aqui neste lugar - Sérgio Britto e Negra Li

Ninguém sabe
Quanto cabe pedir
E alguém sabe
Quanto cabe dar
Ninguém sabe
Quando cabe ouvir
E alguém sabe
Quando cabe falar

Meu amor
Será que eu posso perguntar
Quanto amor
Ainda cabe nesse seu olhar

Nós temos um ao outro, o mundo é muito pouco
Temos um ao outro e a noite para inventar
Nós temos um ao outro, o mundo é muito pouco
Temos um ao outro e o dia pode esperar


Ninguém sabe
Quanto cabe insistir
E alguém sabe
O que cabe aceitar
Ninguém sabe
Quando admitir
E alguém sabe
O que cabe negar

Meu amor
Será que eu sei adivinhar
Quanto amor
Ainda cabe aqui neste lugar

Nós temos um ao outro, o mundo é muito pouco
Temos um ao outro e a noite para inventar
Nós temos um ao outro, o mundo é muito pouco
Temos um ao outro e o dia pode esperar


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...