quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Barra da Tijuca

No horizonte a Pedra da Gávea e a Pedra Bonita, são um alento logo pela manhã...
Da Barra da Tijuca, na altura da Avenida das Américas o que resta de paisagem são a floresta da Tijuca e o Maciço da Pedra Branca, dois grandes paredões verdes e algumas pedras expostas demarcando os limites de Jacarepaguá e da Barra.
De certo o que divide Jacarepaguá da Barra são as lagoas, mas hoje, estás pouca conseguimos ver, graças aos inúmeros condomínios que surgem no painel do bairro a cada mês. Há quem diga que a Barra é auto sustentável....
Duvido muito...
O Mar sorrateiro que banha este lado de cá da cidade, é perigoso pra quem não conhece, é bonito de olhar da orla, mas só depois que se consegue ultrapassar alguns quarteirões de prédios e condomínios com piscina e conforto de resorts.
O que resta da Barra da Tijuca, além do painel, hoje é a imensa quantidade de empresas que estão migrando do Centro da cidade para esta novíssima zona sul, onde esquecerem de investir em transporte público de qualidade.
Como faz falta as Jardineiras! (ônibus dos anos 80 que faziam percursos turísticos no Rio).
As pessoas vão de carro à padaria, a casa do vizinho e até a próxima esquina, pois tudo aqui é longe, só serve a quem mora e tem carro, os que não moram, mas trabalham nem ousam sonhar em morar.
Esquisito?

Acho que estou me acostumando a não gostar da Barra e achar que aqui não é Rio de Janeiro, mas sim uma cidade de plástico, onde as pessoas vivem em seus condomínios herméticos e acreditam que tudo pode e que nada vai acontecer com eles. A violência não vai alcançá-los, que o tumulto nunca fará parte de suas praias, que não verão filas, que todos serão altamente educados e que as escolas ensinaram etiqueta e postura aos seus filhos e eles serão nobres de seus condomínios continuaram a andar de carros poluindo a cidade consumindo comida enlatada e vivendo um incrível conto de fadas às avessas.

O mundo continua a girar e a cidade a crescer. As favelas da Barra são tão grandes quanto da zona norte e um dia a favela vai querer ser asfalto; o condomínio terá que abrir suas janelas e ver bem de perto a sua própria miséria.
Este ecúmeno, esta necessidade de auto-segregação tem limite: o da própria cidade, que esbarra nos empreendimentos sociais implantados pela prefeitura que continua investindo onde acha que deve, não onde realmente precisa.
Que um dia a Barra da Tijuca seja o bairro do futuro e não o bairro dos quem tem carro.

Um link para um texto novo.

5 comentários:

Anônimo disse...

Gostei muito da idéia. O texto é interessantíssimo, mas há errors de português gritantes! Por favor, confira todo o texto antes de publicá-lo, ok?!
Leitora amiga,
Priscila J.

Unknown disse...

Infeliz autora,

Moro no Recreio dos Bandeirantes a 13 anos, que por ser geograficamente e culturalmente tão próximo à Barra, toma por insulto próprio as críticas malfeitas à Barra. Me sinto ofendido pelo seu pseudo-idealismo.
Não vivo um conto de fadas, estudo na zona norte do rio, trabalho na zona sul, e vejo a bagunça que é o resto dessa cidade imunda. Me orglho de morar num lugar planejado, limpo, moderno, confortável e tranquilo, e ao mesmo tempo ser carioca. e Não, não existem favelas bna Barra, apenas na sua dor de cotovelo. E tudo é muito longe... FODA-SE, EU TENHO CARRO. E NÃO GOSTO DE ANDAR!!!

Romanzeira disse...

Para o Albano (caso ele retorne):

Gostaria que lesse um texto que escrevi sobre esse seu comentário. Eu gostaria de tê-lo postado aqui, entretanto foi ficando muito grande.

Zerfas disse...

o texto é polemico!
continuem postando!

Lucas disse...

Engraçado como tem coisas que nunca mudam, ou demoram tanto para mudar. Este texto foi escrito em 2008, e eu escrevo este comentário em 2014 e TUDO permanece igual. Fui criado na Zona Sul do Rio de Janeiro, e pelos melhores custos de vida eu e minha família viemos para a Barra da Tijuca. E sim, ainda hoje é um bairro para quem gosta de viver dentro de uma bolha, de acreditar que as praias são extensão dos condomínios, que por aqui não tem favelas, que somos independentes do restante da cidade. Ledo engano! O trânsito está um caos, a poluição e a especulação imobiliária se fazem presentes, as obras das Olimpíadas varrem a população mais pobre para a baixada, e enquanto isto Albanos aplaudem de pé a construção de uma cidade para os carros e para as empresas, porque as pessoas foram esquecidas neste projeto de cidade.

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