quarta-feira, 27 de julho de 2016

Ordem ao Caos

Ordem
Desordem
Com ordem
Sem ordem 
Na cidade
Na rua
Nas estrelas
No Caos
Há ordem!
E desordem 
no Universo da vida
Construímos
na desordem 
do EU
uma ordem
para o Todo, 
mesmo que nada
precise 
ordem.


Obs.:Esse texto foi uma catarse durante uma oficina de teatro com a Cia. do Tijolo - Sesc Copacabana.

Na arte do mamulengo em que os braços se soltam, no ar, as pernas ficam firmes no chão. Na mascara de um olho só a visão reduzida . Somos migrantes o tempo todo, nunca de um só lugar, mas de todos.
A cidade nos habita e nós habitamos cidades... 
Lembro dos ciganos sem pátria mas com nação ... 
Somos flâner das ruas e casas e obras e monumentos ... circulamos em nós mesmo olhando para fora o que está dentro.
Falamos em tempo - foi dito - Envelheçam! - Mais eu grito por dentro sejamos sempre jovens, sonhadores e inventores do tempo.
O tempo é implacável - já escrevi sobre isso - deixa marcas no corpo e na alma... e algumas não serão apagadas.
Somos obra acaba, iniciada e incompleta. Somos o todo, a parte e o contido.
No vazio - no caos se faz o todo.
#ciadotijolo
http://www.sescrio.org.br/noticia/04/07/16/a-parede-cultural-da-cia-do-tijolo
Oficina Diálogos entre dois espaços - Primeiro ocupe depois se vire


ref. da imagem: http://lupaternostro.com/blog/wp-content/uploads/2013/02/CAOS.jpg

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Segurança...

Tempos atrás andávamos pelas ruas do bairro com tranquilidade, o ar bucólico do subúrbio, com portas entre abertas e pessoas sentadas em cadeiras de praia na calçada.
As crianças brincavam na rua de bola de gude, pique alguma coisa, carrinho de rolimã, taco e outras brincadeiras que as vezes eram inventadas na hora pelas próprias crianças.
Hoje às ruas só tem vez para os carros. Lazer só nos fins de semana, quando a rua se transformar em área de lazer, onde domina os skates, bicicletas e patinetes.
As crianças vivem nos seus condomínio e vem a rua no domingo estreito, raso, morno. Os contatos só aqueles que já foram direcionados pelos pais.
A segurança vale mais que a descoberta.
No mundo de incertezas e medos, onde a insegurança convive como uma sombra de nossos pés, estar livre sem medo é uma rebeldia, que em outros tempos não havia.
Neste domingo de inverno muitos estão nos carros e outros tantos em frente à TV.
Todos presos diante da vida, da descoberta, do mundo.

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