domingo, 14 de dezembro de 2014

Trem

Entre uma estação e outra da Central do Brasil, muitos ambulantes passeiam pelos vagões oferecendo de quase tudo.
Nas seis linhas que partem da Central do Brasil - Santa Cruz é a mais movimentada, depois vem a linha Japeri e depois Gramacho.
No vai e vem do trem, no sacolejo da viagem, tem picolé, cadeado, fone de ouvido, cerveja, refrigerante, bolsa, kit manicure e o que sua imaginação permitir.
O trem já foi quentão. Ele em alguns horários ainda é quentão. Mas ele tem virado frescão nas horas de menor movimento e fresquinho nas horas de rush, pois o calor humano ajuda.
O trem virou chinês, coreano e badulaque.
Conhecer o Rio também passar por andar de trem e conhecer o seu comercio social especial exclusivo dos vagões.
O Trem continua sujo como na época dos vagões de madeira, contudo ta ficando mais sociável que o metro.
Entre uma linha e outra, tem diferenças comerciais e formas de vender. Quem circula em todas consegue ver a diferenças sutis de uso e sociabilidade.
Antem havia diferença entre Leopoldina e Central - hoje tudo parte da Pedro II e ninguém mais lembra da princesa surgiu primeiro e seu espaço imponente esquecido em frente ao Canal do Mangue, em São Cristóvão - a Estação Leopoldina. Um dia vira museu ou sucata social, tanto é o desprezo que tiveram por ser melhor.
O trem nosso de cada dia circula direto nas linhas da Central do Brasil e tem parada obrigatória hoje na estação Maracanã e depois Madureira. Fico triste com esquecimento que tem sido dado ao Engenho de Dentro - berço das oficinas e da manutenção das máquina, o que restou foi um monstrengo estádio atual do Engenhão e o esquecido Museu do Trem.

Eu vou embora agora que se eu perder esse trem só amanhã de manhã.
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