quinta-feira, 18 de julho de 2013

"Passageiro de algum trem" Engenheiros do Hawaii

Sei que muitos não curtem esta banda gaúcha, mas eu curto bastante, talvez por ter letras bem politizadas e cheias de entrelinhas apaixonadas.. comum entre os fandangos que falam das revoltas e guerras gaúchas. Sem mais analogias baratas.
O  tempo é outro, mas continua sendo o mesmo tempo onde se busca respostas para as coisas no presente no passado e acreditamos que as coisas de agora sejam fruto de algo melhor no futuro. Tudo aqui é está certo. Mas os nosso sonhos realmente farão de fato a nossa realidade amanhã? Acreditamos em nós mesmos como se não olhássemos para escadas que subimos e todos os degraus que ficaram pra trás e quando olhamos temos a leve impressão que caímos para o primeiro degrau de nossa escadaria....

E fiquem com música.

A Revolta dos Dândis I
letra: Humberto Gessinger

Entre um rosto e um retrato
O real e o abstrato
Entre a loucura e a lucidez
Entre o uniforme e a nudez
Entre o fim do mundo e o fim do mês
Entre a verdade e o rock inglês
Entre os outros e vocês

Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão

Entre mortos e feridos
Entre gritos e gemidos
A mentira e a verdade
A solidão e a cidade
Entre um copo e outro da mesma bebida
Entre tantos corpos
Com a mesma ferida

Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão

Entre americanos e soviéticos
Gregos e troianos *
Entra ano e sai ano
Sempre os mesmos planos
Entre a minha boca e a tua
Há tanto tempo, há tantos planos
Mas eu nunca sei pra onde vamos

Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão

Eu me sinto um estrangeiro...

Na versão do Acústico MTV:
*"Entre a crença e os fiéis
       Entre os dedos e os anéis"

A Revolta de Dândis II

Já não vejo diferença entre os
dedos e os anéis
Já não vejo diferença entre a
crença e os fiéis

Tudo é igual quando se pensa em
como tudo deveria ser
Há tão pouca diferença e há tanta
coisa a fazer
Esquerda e direita, direitos e deveres,
os 3 patetas, os 3 poderes
Ascensão e queda, são os dois
lados da mesma moeda

Tudo é igual quando se pensa em
Como tudo poderia ser
Há tão pouca diferença
e tanta coisa a escolher

Nossos sonhos são os mesmos há muito tempo
Mas não há mais muito tempo pra sonhar
Nossos sonhos são os mesmos há muito tempo
Mas não há mais muito tempo pra sonhar

Pensei que houvesse um muro
entre o lado claro e o lado escuro
Pensei que houvesse diferença entre
gritos e sussurros
Mas foi engano, foi tudo em vão
Já não há mais diferença entre a raiva e a razão

Esquerda e direita, direitos e deveres,
os 3 porquinhos, os 3 poderes
Ascenção e queda, são os dois lados da mesma moeda
Tudo é igual quando se pensa em
como tudo poderia ser

Há tanto sonhos a sonhar
há tantas vidas a viver
nossos sonhos são os mesmos,a muito tempo
mas não há mas tanto tempo pra sonhar..

Nossos sonhos são os mesmos, mas muito tempo
mas não há mas tanto tempo pra sonhar..
Tempo pra sonhar
Nossos sonhos são os mesmos, há muito tempo
mas não há mais muito tempo pra sonhar..
Nossos sonhos são os mesmos, há muito tempo
mas não há mais muito tempo pra sonhar..

Entre o rosto e o retrato, o real e o abstrato
Entre a loucura e a lucidez
Entre o uniforme e a nudez
Entre os outros e vocês

terça-feira, 9 de julho de 2013

Roda da fortuna

Roda da fortuna é uma carta do tarot.                              
Tem como base simbólica a mudança.
Mudança que pode ser rápida ou demorada, mas virar como um sopro sem apontar a direção.
Tem gente que tem medo de mudar.
Tem gente que vive pedindo para os outros mudarem.
E tem gente que que vive mudando o tempo todo.
Nada disso afeta quem sabe lidar com o ente que tem algum desses hábitos, pois já sabe isso é comum dele.
Difícil é convencer o restante que cada um tem o seu tempo de mudança e ela parte mais de quem muda do quem pede, exige ou cobra ou mesmo as questões externas de ambiente.
Tem gente que diz eu não mudei nada. Já tem gente que diz que eu mudei.
Mudar é uma necessidade. Mudar. Mudamos hábitos e não essências, como a base de um perfume de lavanda sempre será lavanda mas suas notas inspiração mudam de acordo de quem usa o perfume.
A nossa base ela só muda quando algo muito grande dentro de você se rompe por completo.
Será que todos estão preparados para uma mudança assim?
Acho que cada golpe que a vida nos dá é uma enorme chance de mudarmos, trocarmos as lentes dos nossos óculos sem medo de errar.
E se errar?
Não se preocupe você ainda terá outras chances de mudar se assim o quiser.

Tem gente que acha que mudar de casa resolve.
Tem gente que muda de estado, município e país acreditando na mudança.
Tem gente que vive mudando o cabelo, o jeito de vestir e a forma de falar.
Tem gente que vive sempre do mesmo jeito mesmo não gostando de nada.

Experimentar a vida e acreditar que há beleza no novo, que mesmo sendo ruim ainda pode ser bom.
Tudo tem seu tempo. Admira-lo e apreender com ele é algo que só você pode responder a si mesmo.
Você já reparou quantas vezes mudou algum habito de vida qualquer? Ou quebrou rotinas?

Aprendi admirar o tempo através das coisas que gostava de fazer e das coisas que tive que deixar de fazer por várias razões. Acordar cedo domingo de manhã e apreciar o dia é algo que ainda sinto falta e tem perfume de colonia da minha infância. Viajar com regularidade para os mesmos lugares e apreciar as mudanças na paisagem pelo tempo. Ficar de flâneur pela cidade sem se preocupar com nada (isso ainda tento fazer quando o tempo permite). Ler e escrever antes de dormir....
Antigamente gostava tanto de brincar com as palavras e montar trovas e versos e ficava recitando os na minha mente hora ou outra eu acabava verbalizando como música... eu mesma me sentia surpresa... mas acho que isso era dom da infância e a velhice vai nos levando a beleza das manhãs e nos deixando com a beleza das tardinhas silenciosas e solitárias.
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