quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Copacabana -Sacopenapã e suas histórias - primeira parte

"Copacabana, princesinha do mar 
Pelas manhãs tu és a vida a cantar
E à tardinha o sol poente
Deixa sempre uma saudade na gente."

                    Para não dizer que me esqueci de falar de Copacabana, a letra da canção te convida a lembrar da praia, do bairro, da vista e também da história.
Estar em Copa, não importa o dia ou a hora, tem sempre história e estórias para contar e encantar quem vive, frequenta ou passa. Difícil ser indiferente ao seu mar e a sua gente.
Copacabana nasce já com o privilegio de estar entre o mar e a montanha. (Aí você se pergunta que montanha que eu não vejo?) Te conto que atras daqueles imensos edifícios existem algumas montanhas lindas, algumas com comunidades outras preservadas, que serviram por longos anos como barreira de entrave de ocupação efetiva urbana antes dos anos de 1890.
Mesmo com vias sobre os morros, como a Ladeira do Leme e a Estrada do Barroso, e ainda pelo acesso da  Lagoa de Sacopenapã (Lagoa Rodrigo de Freitas) passando por onde é o corte do Morro do Cantagalo.
Foi somente com a abertura do Túnel Velho - túnel Alaor Prata - em 1892, pela Companhia Jardim Botânico carril - de Otto Simon e Paula Freitas -  que o bairro assim começava a surgir entre um empreendimento urbano e um projeto de cidade salubre diferente de toda a cidade que ficava atrás dos morros. O túnel em sua inauguração teve até a presença do presidente da Republica o sr. Floriano Peixoto. 
Os bondes que começaram a circular através do túnel, começam a trazer gente de vários lugares para se banhar nas águas salitricas e dos ares "medicinais". O bonde conduz neste tempo os corações e mentes daqueles que querem chegar em Copacabana, ainda com sua Igrejinha fincada num rochedo, onde se encontra hoje o Forte de Copacabana. As linhas de bonde em Copacabana se dividia em dois trajetos o que ia da Praça Seazerdelo Correia até Igrejinha e a outra ia até o Leme. Copacabana começa a ser descoberta e descobri o processo de urbanização e ocupação... ainda meio lento neste momento.
No período que compreende da abertura do túnel Velho até a inauguração do Copacabana Palace em 1923, o bairro ainda crescia devagar. Mas é nesta fase do surgimento do bairro que algumas coisas mais importante aconteceram. Uma dessas coisas é a abertura do túnel Novo - túnel Eng. Coelho Cintra ( que foi o engenheiro que projetou e abriu o túnel Velho), que permitiu melhor acesso ao bairro, como uma nova via ultrapassando o morro de São João, próximo a ladeira do Leme; a via foi inaugurada em 1906. Nesta mesma frente inicia-se abertura e construção da Av. Atlântica, que vai ser marca registrada do bairro. Com o intuito de melhorar a circulação do bairro a Av. N.S. de Copacabana também começa ter a ser ampliada. Para que essas duas vias se torna-se o plano de acessibilidade do bairro na época, começaram a demolição do morro do Inhánga (mas que morro é esse???) Esse morro era o marco físico oficial que dividia o bairro do Leme de Copacabana.... Com o fim do morro (ainda resta um cucuruto lá, basta procurar lá perto da praça Cardeal Arcoverde) Copacabana ganha novas extensões e também novos empreendimentos urbanos.
De certo que só com o final da construção e inauguração do hotel mais charmoso do Brasil e que Copacabana começa ganhar o seu glamour, com suas calçadas em pedras portuguesas inspiradas em calçadas de Portugal, já com ondas perpendiculares ao mar.
A foto ilustra o tempo, já com o hotel erguido e ainda o morro do Inhánga ao fundo mostrando como o homem dobra e desdobra parte da natureza ao seu jeito.
E é assim que Copacabana irá começar a surgir para mundo. O Copacabana Palace, surge para servir de hospedagem para grande Exposição do Centenário em 1922, mas ele só fica pronto um ano depois quase no final das comemorações. Mas se isso soou ruim, não se engane; ele também tinha um belo teatro e um excelente cassino na época que servia para manter o luxo e sua ostentação. E mesmo com o fim dos cassinos no Brasil (em 1946), o hotel consegui manter seu glamour, mas daí graças a outras convenções dos anos 40 e 50 - a nova boemia carioca e a Nova Copacabana.
 tem continuação ... 

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