terça-feira, 9 de julho de 2013

Roda da fortuna

Roda da fortuna é uma carta do tarot.                              
Tem como base simbólica a mudança.
Mudança que pode ser rápida ou demorada, mas virar como um sopro sem apontar a direção.
Tem gente que tem medo de mudar.
Tem gente que vive pedindo para os outros mudarem.
E tem gente que que vive mudando o tempo todo.
Nada disso afeta quem sabe lidar com o ente que tem algum desses hábitos, pois já sabe isso é comum dele.
Difícil é convencer o restante que cada um tem o seu tempo de mudança e ela parte mais de quem muda do quem pede, exige ou cobra ou mesmo as questões externas de ambiente.
Tem gente que diz eu não mudei nada. Já tem gente que diz que eu mudei.
Mudar é uma necessidade. Mudar. Mudamos hábitos e não essências, como a base de um perfume de lavanda sempre será lavanda mas suas notas inspiração mudam de acordo de quem usa o perfume.
A nossa base ela só muda quando algo muito grande dentro de você se rompe por completo.
Será que todos estão preparados para uma mudança assim?
Acho que cada golpe que a vida nos dá é uma enorme chance de mudarmos, trocarmos as lentes dos nossos óculos sem medo de errar.
E se errar?
Não se preocupe você ainda terá outras chances de mudar se assim o quiser.

Tem gente que acha que mudar de casa resolve.
Tem gente que muda de estado, município e país acreditando na mudança.
Tem gente que vive mudando o cabelo, o jeito de vestir e a forma de falar.
Tem gente que vive sempre do mesmo jeito mesmo não gostando de nada.

Experimentar a vida e acreditar que há beleza no novo, que mesmo sendo ruim ainda pode ser bom.
Tudo tem seu tempo. Admira-lo e apreender com ele é algo que só você pode responder a si mesmo.
Você já reparou quantas vezes mudou algum habito de vida qualquer? Ou quebrou rotinas?

Aprendi admirar o tempo através das coisas que gostava de fazer e das coisas que tive que deixar de fazer por várias razões. Acordar cedo domingo de manhã e apreciar o dia é algo que ainda sinto falta e tem perfume de colonia da minha infância. Viajar com regularidade para os mesmos lugares e apreciar as mudanças na paisagem pelo tempo. Ficar de flâneur pela cidade sem se preocupar com nada (isso ainda tento fazer quando o tempo permite). Ler e escrever antes de dormir....
Antigamente gostava tanto de brincar com as palavras e montar trovas e versos e ficava recitando os na minha mente hora ou outra eu acabava verbalizando como música... eu mesma me sentia surpresa... mas acho que isso era dom da infância e a velhice vai nos levando a beleza das manhãs e nos deixando com a beleza das tardinhas silenciosas e solitárias.

Um comentário:

Unknown disse...

Ester, que textos lindos!
Saudades!!
O texto do tempo está sensacional!!
Adorei!
Regina

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