domingo, 26 de fevereiro de 2012

Pós Carnaval

É hoje a folia do momo chega ao fim.
Este ano não postei nada de referencia direta ao carnaval, contudo a ultima música postada no blog fala de alguém sem fantasia, que podemos nos remeter ao carnaval em que soltamos nossos pierrôs e colombinas para fora e a necessidade de nos despirmos dela para viver o que somos plenamente.
Fato que passamos mais tempo fantasiados de coisas que dizemos que somos nós, do que realmente sendo nós mesmos diante das situações que vivemos em nome de uma tal Sociedade Capitalista Globalizada; enquanto tentamos nos encaixar dentro dos seus padrões ora doentes ora são dentro de nós.....
Na minha cabeça ainda toca muita poesia da música popular brasileira, o lirismo vai de Ivan Lins, passa pelo Jorge Vercilo e coroa com o meu amado Vinicius. Sim são notas diferentes, melodias diferentes, tempos diferentes, nem todas falam de amor pleno mas todas falam da vida.
Sim o meu ecletismo musical pode desagradar e muito aos ouvidos refinados, mas a folia acabou e não me importo se não acabar em samba mas sim em bossa nova. Este meu estilo predileto. A bossa perdeu ontem um grande interprete Peri Ribeiro, porém ela continua sendo reinventada junto com tantos outros estilos musicais próprios do Brasil. Que venham os novos Peris, Claras, Naras, e que cantem e encantem nossos ouvidos com alma nacional.

Agora música!


Ai, ai, ai, ai, ai
 Ivan Lins

Nosso amor é uma vereda onde a lua se derrama
Somos lenha e labareda uma paixão em plena chama
Sei que a vida tá brabeira tanto amor na corda bamba
Que a alegria é passageira frágil como porcelana
É as vezes tudo é lindo ás vezes tudo engana.....mas
Basta um beijo teu e eu......
Ai, ai, ai, ai, ai, 

É as vezes tudo é lindo ás vezes tudo engana.....mas
Basta um beijo teu e eu......
Ai, ai, ai, ai, ai,

Pudera! Você é o grande amor da minha vida
Pudera! Você é o grande amor da minha vida

Baile, fiesta ou domingueira, saca a banda vem me chama
Pr`essa salsa brasileira meio Rio, meio Havana
Dança roda e serpenteia ou me leva então pra cama
Ao som do Guantanamera Noches de Copacabana
É às vezes tudo é lindo ás vezes tudo engana.....mas
Basta um beijo teu e eu......

Ai, ai, ai, ai, ai, 
É as vezes tudo é lindo ás vezes tudo engana.....mas
Basta um beijo teu e eu......

Ai, ai, ai, ai, ai, 
Pudera! Você é o grande amor da minha vida
Ai era! Você é o grande amor da minha vida
Pudera! Você é o grande amor da minha vida
Ai era! Você é o grande amor da minha vida

É as vezes tudo é lindo ás vezes tudo engana.....mas
Basta um beijo teu e eu......

Ai, ai, ai, ai, ai, 

Pudera! Você é o grande amor da minha vida
Ai era! Você é o grande amor da minha vida

Também queremos uma fatia desse bolo
Desse planeta com direito á felicidade



Toda Espera
Jorge Vercillo

É, a paciência
foi pela vida inteira
o meu escudo
quando o mundo
disse: não

A arma branca,as lágrimas de fé
a resistência
é a força da mulher

Se eu ando distraído assim
me deixe só
que eu tô buscando
em pensamento meu amor
E meu olhar distante, deixe lá
que em pensamento
meu amor vem me buscar

Te quero,espero
eu tô te vendo chegar
Te quero, espero
eu tô te vendo chegar
Te quero, espero

É, a esperança
é como cristaleira
resiste ao tempo
e as boladas que levou

Mulher  rendeira
não dá ponto sem nó
bordou no linho
toda espera de um amor

Sou uma seringueira
aberta a te esperar
tô te trazendo
em pensamento só pra mim

Eu bem tava dizendo
e olha lá
pois cedo ou tarde
toda espera tem seu fim

Te quero,espero
eu tô te vendo chegar
Te quero,espero
eu tô te vendo chegar
Te quero, espero


POT-POURRI  De VINICIUS!

As músicas Berimbau, Consolação e Canto de Ossanha, remetem ao tempo da Bossa "afro", prefiro achar que é de terreiro, tem a contestação do amor do homem, suas dores, angustias e valentia. São doces porém intensas na forma de querer amar e ser amado.
Sim todas falam de amor. Conquistado, perdido, requerido, esperado, maior de todos, traiçoeiro.... mas todas falam de amor e do desejo de sentir amado. Não há tempo no mundo que se negue a necessidade deste sentimento. Então vivamos um tempo de amor conosco!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Educar para educar-se

Volto a bater na mesma tecla.
Nas mesmas palavras ditas e escritas, postas e supostas em prática discursiva.
Sim Educação!

Qual é o ensino que queremos?
Quais são as escolas que queremos?
Quais são os saberes que queremos que sejam apresentados nas escolas?
A escola sustenta a educação?
O sistema educacional vigente hoje sustenta o processo escolar e a escola como estrutura de ensino?
Os alunos são problemáticos?
Os professores são problemáticos?
Os parâmetros curriculares básicos são realmente a única forma de orientação de ensino nas escolas?
E os projetos políticos pedagógicos são de fato trabalhados nas escolas num instrumento coletivo?

Mais da metade das resposta destas perguntas são Não, não há , não é, não deve, não consegue, não há necessidade, não faz diferença. Independente da ordem do não, a escola e o ensino continua sendo mais exclusivo, mais imposto e menos inclusivo e dialógico.
Alunos e professores continuam tramando forças entre os saberes possíveis e os saberes bancários e enciclopédicos. As trocas ficam quase que no campo do imaginário coletivo, onde finge que se ensina e finge que se apreende, onde provas quantificam mas não qualificam o processo de aprendizagem. 
Sonhamos com prováveis escolas da Ponte enquanto os alunos acham que sabem ler e escrever o seu nome basta para agir diante da condição de cidadania pouco criativa.
Se queremos mudanças, temos que faze-las, temos que querê-las fazendo, arregaçando as mangas e colocando as mãos na massa e acreditar que a diferença parte mim e não do outro. O outro nunca será igual a mim mas poderemos sempre andar juntos conversando sobre coisa comum aos dois mundos - o meu e o dele.
Para termos mais cidadania precisamos de mais educação de valores sociais e culturais do que valores morais. Educar no sentido de ensinar a si mesmo que o outro também nós ensina e as trocas sempre são positivas para os dois lados, mesmo que num determinado instante você acredite que ensina mais que aprende, você está aprendendo a aceitar a o outro e a sua diferença.

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina"
Cora Coralina

Não temos que ter medo de errar e nem medo do desconhecido; façamos um trato tudo aqui ensinado sera aprendido por todos pois tudo é novo.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

De tudo um pouco e misturado

A semana foi corrida.
O tempo louco de calor verão escaldante em solo carioca.
Movimento de greve de policiais e bombeiros.
Volta as aulas.
O novo medo da queda de prédios.
A véspera do carnaval.... Falta pouco para folia do mascarados....
E eu ainda com sonhos retro.
Na esperança de novas canções para velhos cancioneiros.
Na dinâmica do dormir pouco para ter muito tempo para viver.
A procura de um emprego.
E sonhando com as coisa bonitas da vida.












No resgate dos valores e dos amores.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Sem Fantasia - Chico Buarque

Novamente música.
Mesmo na ausência de texto profundo e densos, trago pra cá a densidade dos desejos das músicas e suas melodias.
Essa música merece uma releitura pela sua beleza sensual. Como sempre Chico é mestre nessa história.


Sem Fantasia


Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perder-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu

Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...