quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Educar para educar-se

Volto a bater na mesma tecla.
Nas mesmas palavras ditas e escritas, postas e supostas em prática discursiva.
Sim Educação!

Qual é o ensino que queremos?
Quais são as escolas que queremos?
Quais são os saberes que queremos que sejam apresentados nas escolas?
A escola sustenta a educação?
O sistema educacional vigente hoje sustenta o processo escolar e a escola como estrutura de ensino?
Os alunos são problemáticos?
Os professores são problemáticos?
Os parâmetros curriculares básicos são realmente a única forma de orientação de ensino nas escolas?
E os projetos políticos pedagógicos são de fato trabalhados nas escolas num instrumento coletivo?

Mais da metade das resposta destas perguntas são Não, não há , não é, não deve, não consegue, não há necessidade, não faz diferença. Independente da ordem do não, a escola e o ensino continua sendo mais exclusivo, mais imposto e menos inclusivo e dialógico.
Alunos e professores continuam tramando forças entre os saberes possíveis e os saberes bancários e enciclopédicos. As trocas ficam quase que no campo do imaginário coletivo, onde finge que se ensina e finge que se apreende, onde provas quantificam mas não qualificam o processo de aprendizagem. 
Sonhamos com prováveis escolas da Ponte enquanto os alunos acham que sabem ler e escrever o seu nome basta para agir diante da condição de cidadania pouco criativa.
Se queremos mudanças, temos que faze-las, temos que querê-las fazendo, arregaçando as mangas e colocando as mãos na massa e acreditar que a diferença parte mim e não do outro. O outro nunca será igual a mim mas poderemos sempre andar juntos conversando sobre coisa comum aos dois mundos - o meu e o dele.
Para termos mais cidadania precisamos de mais educação de valores sociais e culturais do que valores morais. Educar no sentido de ensinar a si mesmo que o outro também nós ensina e as trocas sempre são positivas para os dois lados, mesmo que num determinado instante você acredite que ensina mais que aprende, você está aprendendo a aceitar a o outro e a sua diferença.

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina"
Cora Coralina

Não temos que ter medo de errar e nem medo do desconhecido; façamos um trato tudo aqui ensinado sera aprendido por todos pois tudo é novo.

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