sexta-feira, 22 de abril de 2011

Era uma vez duas avós....

Este texto é uma homenagem as minhas avós e a doçura da minha infancia.

Este titulo pertence a um livro simples escrito por Naumim Aizen com ilustrações da Patricia Gwinner.

A leitura deste livro sempre me emociona muito, apesar dele ser voltado para o publico infantil e ser bem antigo tento a sua primeira publicação em 1980, já são trinta anos emocionando pessoas, e a mim a 22 anos.
E com base nesta história linda que irei contar a minha.
Na história original das avós são Sonia e Ester
A minha será da Lucy e da Alice.
Na minha versão elas trocam um pouquinho de lugar, mas com certeza encheram meu olhos e mente de alegria e esperanças durante toda a minha infância.

todos nós temos 2 avós.
Uma mãe do pai e outra mãe da mãe.
Tem gente também que tem vó postiça ou emprestada.
mas vou falar das minhas avós.
A mãe do meu pai era magra e esguia. Mais baixa que meu pai, mas mais alta que a minha mãe.

A minha avó mãe de minha mãe, era baixa e gorda. Mais alta que minha mãe e mais baixa que meu pai.

A minha avó mãe de meu pai  se chamava Lucy
A minha avó mãe de minha mãe se chamava Gertrudes, mas eu só aconhecia como Alice.

Vovó Lucy sempre cantarolava
Vovó Alice muito pouco cantava.

Vovó Lucy era contida e reservada.
Vovó Alice fala alto e constantemente.

Vovó Lucy gostava de fazer gisnatica e contar que sonhava em ser bailarina
Vovó Alice não gostava de ginastica e nem da ideia de ser artista. Porém mantinha um horta limpinha de ervas daninhas.

Vovó Lucy sempre tinha biscoitos para oferecer as visitas.
Vovó Alice sempre me prometia que da proxima vez que viesse teria balas, contudo tinha uma mesa cheia de shimiers de frutas da epoca.

Vovó Lucy pouco chorava.
Vovó Alice chorava muito, sempre que ia embora.

Vovó Lucy vivia de um jeito serio, mas alegre
Vovó Alice sempre dava um jeito de estar alegre, mesmo quando estava aborecida.

Vovó Lucy sempre tentou achar graça na vida, apesar da vida e das lutas que teve
Vovó Alice sempre levava as coisas de forma seria , por causa da vida triste e das lutas que teve.

Vovó Lucy ficou viuva já com os filhos bem crescidos e deu muito carinho e amor as seus dois filhos.
Vovó Alice ficou viuva ainda mais tarde, mas mesmo assim soube criar  2 moças e 1 rapaz com muito amor e carinho.

Vovó Lucy  não dava muito beijos e era amiga de alguns.
Vovó Alice gostava muito de dar muitos beijos, mas nem sempre isso fazia amiga de todos.

Vovó Lucy dava conselhos: não queria que ninguem sofresse.
Vovó Alice também dava conselhos para que ninguem sofresse.

Como a Vovó Lucy aprendi que a vida, apesar de tudo, pode ser vivida com alegria, risos e sobriedade; que se  pode viver sem luxos e riquizas. Com ela, enfim, aprendi q gostar da vida pois a vida é unica.

Com a Vovó Alice aprendi que a vida, apesar de tudo, é coisa séria, que poder dura e com muitas lutas; que se poder viver sem luxos nem riquezas. Com ela , enfim aprendi a gostar da vida pois ela é unica.

Vovó Lucy morava numa grande cidade em um apartamento
Vovó Alice morava num sitio numa cidade bem pequena com muitos bichos.

Vovó Lucy tinha todos os utensilios tecnologicos da epoca para cozinha.
Vovó Alice fazia o pão todos os dias e não teve durante muitos anos energia eletrica em casa.

Eu podia ver a vó Lucy com maior frequencia, pois moravamos na mesma cidade.
Eu não podia ver a vó Alice com frenquencia em media 3 dias por ano, pois ela morava em outro estado.

Na casa da vó Lucy não podia correr
Na casa da vó Alice tinha 2 hectares para correr a vontade. Que normalmente me dava de presente alguns hematomas.

Até os ultimos dias da vó Lucy estive com ela.
Já da vó Alice a noticia de sua ausencia demorou pra chegar...

Cuidemos de nosso avôs hoje para que sempre tenhamos lembranças felizes de nosso convivencia.
Cuidemos de nosso pais para que futuro sonhemos que nosso filhos cuidem de nós.
Cuidemos para que nosso pais e filhos tenham uma convivencia harmoniosa e cheia de delicias e travessuras que a terceira e a primeira idade nos são permitidas, para tiramos belas lições para nossas vidas.


P.S.: Lamento tristemente em saber que em 2012 partiu desta esfera o sr. Naumim Aizen, do qual eu tinha um enorme apreço como escrito. Meu pai trabalho com ele e com seu pai na Ebal durante anos, e isso para mim foi mais uma perda dessas, que mesmo que os olhos não vêem o coração sente.

P.S 2: Também os convido a ler outro texto que fala de uma das minhas avós aqui

Um comentário:

Ícaro Laedus disse...

Bem, eu diria que devido a sua criação e convivência com as duas avós, diria que vc é um pouco ou bastante do que cada uma delas uma delas foram. Adorei o texto, foi uma homenagem verdadeira, carinhosa e eloquente na medida em que vc se abre aos leitores mais sem perder a harmonia, nem o sincretismo das palavras escritas...muito bem postado, meus parabéns pelas avós que teve. Pq apesar de constarem e realidades diferentes...lhe deram um contribuição educacional sem igual...

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