segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ao prefeito eleito

Ontem foi dado o desfecho do processo eleitoral carioca. A quem gostou e quem não gostou do eleito em questão, mas o mais importante foi que o ato de cidadania foi realizado com tranqüilidade e paz em toda capital fluminense.
Eu não gostava de nenhum dos dois candidatos que foram ao segundo turno, porem foi um ato “louco” terem colocado Gabeira em lugar do Crivella, contudo algo mais saudável a toda população. No final ganhou o vira camisa de meia em meia hora o tio Eduardo Paes, a quem eu espero que seja menos vira camisa e cumpra de fato com o que disse em campanha neste últimos três meses.
Agora se ele não der conta de tudo que disse, podem cobrar dele na próxima eleição que ele ira se candidatar novamente.
Boa sorte a todos citadinos do Rio de Janeiro
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Alice no País das Maravilhas

Alice estava sonolenta quando viu o coelho branco e resolveu segui-lo, entrou dentro de uma toca que parecia não ter fim.... e foi caindo e caindo e caindo ....
E quando consegui aterisar do seu “voou” viu o coelho correndo, com muita pressa e não consegui lhe perguntar pra onde iria.
Hoje todos nós estamos caindo sem parar, estamos correndo sem parar. Vivemos uma loucura não matemática, quase surreal quanto pode parecer à fantástica estória de Alice no país das maravilhas.
Qual é o seu coelho branco?
- dinheiro?- casa?
- família?
- aparência?
- diploma?
- cargo?
- reconhecimento?
Afinal, quantos são os desejos que perseguimos? Eu mesma não sei direito. Alice era uma menina de 5 anos, muito intuitiva e esperta. Contudo ela perseguiu o coelho e viveu uma fantástica historia, onde crescer e diminuir era possível num simples ato de comer e beber algo, não importando o que exatamente.
Seu escritor, um sábio matemático, apresentou charada que podem ser indecifráveis ou não, mas esqueceu de dizer a todos que na vida o maior mistério é o Sonho.
O que Alice fez foi viver um sonho ao ponto de achá-lo real.
Tens sonhando?
Qual é o seu sonho?

Não importa o tamanho do seu sonho todos eles cabem dentro do seu coração.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Lamento Sertanejo

“Eu quase que não consigo
Viver na cidade
Sem ficar contrariado.”

Quem consegue viver na cidade hoje sem sentir contrariado com a violência, com a sujeira e com a vergonha.
Todos os dias o trânsito fica mais complicado por conta do aumento do números de carros, a cidade ganha mais gente de roupa fina e mais pobres miserais mal trapilhos.
Tem dias que quero pegar um ônibus espacial e migrar pra lua e observar a Terra do alto; sem ter que me envolver com os problemas que os homens criaram para aprender a conviver numa sociedade de consumo compulsivo onde o dinheiro é o que move as cidades...
É já foi o dia que campo fazia a cidade funcionar, era o campo que acordava com seu homem de mão calejadas, de costas largas, com ambições de ter apenas o que comer e ver seus filhos crescidos para ajudar na lavoura.
Nobres senhores de braços e pernas e bocas para sobreviver nas diversidades da natureza.
Hoje o campo corre com caminhão, colheitadeira, trator, poeira, sementeadeira, agrotóxico, transgênicos e dólar.
O tempo mudou, as horas já são contadas de outra forma e os dias que eram longos para colheita agora são rápidos e dão dinheiro em debêntures. A soja não alimenta o peão e nem sempre o gado, mas dá dinheiro no bolso do dono da terra.
A cidade é maior que o campo.
A cidade engole o campo com sua tecnologia, com sua fúria vertiginosa de espaço de produção capital, trazendo a rapidez da internet, dos bancos de dados virtuais, das ciências telemáticas e biológicas para super produção em espaços menores.
As montanhas ganham casas e ladeiras.
As vilas ganham "pegas" de carros.
O tempo que corria com o prumo do Sol, hoje corre com sistema de downloads sistemáticos de ferramentas para agilizar mais ainda o tempo do corre-corre.
As famílias que antes eram numerosas, pois morriam muitos e precisava de muitos braços para trabalhar estão minguando a pessoas solitárias e distintas umas das outras.
A cidade que antes era pequena, hoje extensa, imensa, indevoluta, fria, cinza e sem graça. As praças casa para cidadãos sem casa e assim viadutos também. Quem vive na cidade é por que trabalha nela ou não tem mais para onde ir.
O campo não é mais do lavrador é do homem da cidade que tem dinheiro pra comprar avião e aterrizar no meio da plantação de soja e dizer que a safra já toda vendida e fará uma festa para seus empregados que dirigem os tratores e equipamentos sotisficados.
É quem diria que a cidade comeria o campo, quando o campo é que conduzia a cidade e consumia a cidade.
Pensemos no hoje para fazermos um amanham melhor.
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