quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Pó com Vento

Será que cada um conseguiria desenvolver um mundo dentro de sua mente, ou mesmo tentar compreender este mundo em que vive na sua completude dentro de sua mente?
Acredito que ainda que não.
Ainda somos limitados para ver todas às cores que são produzidas pela luz e todos os cheiros produzidos pelos seres vivos. Ainda surdos aos sons que a natureza produz durante a noite e ausente de dedos e pelos extremamente delicados para sentir cada ser minúsculo que nos toca.
Somos apenas meio capazes de perceber o mundo.
É o mundo que nos percebe. É ele que nos clama por lealdade todos os dias sem cessar.
Nós continuamos impacivos, intolerantes, incrédulos e irrefutáveis na nossa maneira mísera de viver.
É Senhor; nada somos que se não pó desta Terra. Dela viemos e a ela retornaremos.
Nada que façamos neste mundo nos fará melhor que o pó com vento (padre Antonio Vieira), pois a vida que aqui vivemos é vento em ventania, que levanta a poeira do chão, que derruba casa, que leva a porteira, que move o chão, que levanta a cidade inteira e também faz ela toda ficar no chão.
Somos vento e não conseguimos sentir tudo que faz esta força que nos faz “ventar”.

É mestre, mesmo que subamos o maior monte do mundo, ainda seremos pequenos, e ainda lá de cima não veremos nada além de nuvens.

Não importa qual seja a sua fé, cristã ou zen budista. O que faz a diferença do amor de um ou do outro?
O que foi ensinado por Buda também foi ensinado por Cristo, também foi ensinado por Maomé – Amais uns aos outros !!
Como isso é difícil!
Como amar e se entender, como amar julgando,como amar amedrontado, como amar sem se amar????
O mundo cabe dentro das nossas mentes quando somos capazes de sonhar, sonhar, sonhar e amar, amar e amar o que nunca viu ou imaginou. O mundo cabe na mente de uma criança com tudo que ela possa imaginar, inclusive com aquilo que ela nunca viu, pois ela ainda é capaz de inventar ou mesmo se reinventar ou de duvidar do que está sentindo.
Quando duvidamos dos nossos sentidos? Quase nunca, deveríamos duvidar mais dos nossos sentidos.
Tem pessoas que dizem que viram duendes, elfos, gnomos, ninfas e salamandras. Tem gente que diz que sente pessoas mortas. Tem gente que diz que vê demônios. Tem gente que vê Deus. Tem pessoas que dizem que sente um cheiro que ninguém sente. Assim como tem gente que não pode sentir nada, que morre.
Ora, cadê o vento?
Cadê a força que faz ventar?
Esqueceram de sonhar?
Desaprenderam a amar ou não apreenderam nada??
Realmente, somos apenas pó que acredita que pode controlar o mundo.
Que talvez um dia possa ...

2 comentários:

Naldus disse...

lindo!

Anônimo disse...

Ester, adorei seu blog, já está nos meus favoritos e começarei a ler com cuidado *__*

Adicione-me no msn: capetalismo@gmail.com

Abraços e sucesso,
Dorly Neto.

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